sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

OLHO TÁTICO - PSG - LIGUE 1 2012/2013 - 20ª RODADA - ESTREIA DE LUCAS


Na boa estreia de Lucas, PSG joga um tempo inteiro com um homem a menos – Thiago Motta foi expulso –, perde o capitão Thiago Silva lesionado, desperdiça um punhado de oportunidades de gols e não passa de um empate mudo com o Ajaccio. Com o tropeço em pleno Parc des Princes, a Ligue 1 pode terminar a 20ª rodada com Lyon ou Olympique de Marseille como novo líder.

Adepto de carteirinha do 4-3-1-2, Carlo Ancelotti seguiu a máxima de que o treinador deve montar o esquema tático em função dos jogadores, e não o contrário, como muitos fazem, e organizou o Paris Saint Germain no 4-2-3-1, com o estreante Lucas posicionado exatamente no mesmo lugar onde, com a camisa são-paulina, ele encantou os brasileiros: no flanco direito do campo. Não como um ponta à moda antiga, daqueles que não desgrudam da linha lateral, mas um ponta que também tem funções defensivas e liberdade para infiltrar pela meiúca quando achar necessário.

E foi assim que Lucas conseguiu se sobressair diante de quase todos os seus companheiros na desencaixada atuação parisiense. Ibrahimovic´, um tanto quanto desleixado, parecia em Saturno ou Plutão, enquanto Lavezzi teve um ou dois lampejos e Pastore nem isso. Sem um padrão de movimentação e de passes que facilitasse a missão de superar um time cuja mentalidade era apenas a de não sofrer gols e que tinha um sistema defensivo que contava com cinco defensores e três volantes, o PSG teve na individualidade do Lucas e nos avanços do vigoroso volante Matuidi suas melhores opções. E isto tanto na etapa inicial, quanto na final, quando já estava sem Thiago Motta, expulso nos acréscimos do 1º tempo por um carrinho criminoso.

Resultado péssimo à parte, Lucas pode ficar satisfeito com sua estreia. Chamou mais a responsabilidade de armar as jogadas do que todos os seus companheiros de ataque e teve sucesso em algumas delas, como a que colocou a redonda na cabeça do zagueiro Alex, que obrigou o goleiro mexicano Ochoa a uma defesa milagrosa. Sem dúvidas o tempo será seu melhor amigo. Assim como do PSG, que ainda tem muito – muito! – para evoluir em termos táticos.


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