O Real Madrid recebeu o Barcelona para a primeira partida da
semi final da Copa Del Rey e saiu de campo com um empate após gol de cabeça do
zagueiro Varane, o melhor homem em campo junto com o dinâmico barcelonista
Fábregas, responsável por abrir o placar.
É máxima já batida a que diz que nenhum time tem estrutura
física para marcar por pressão durante todo o jogo. No entanto, o Real Madrid
poderia ter apostado mais na postura avançada de seu meio-campo e no combate à
saída de bola blaugrana. Foi assim que durante os primeiros dez ou quinze
minutos de jogo os brancos fizeram Puyol rifar a bola, Xavi se atrapalhar e
dominaram a partida. Mas, aos poucos, o que era uma marcação constante se
tornou esporádica, e o Real não só perdeu sua melhor alternativa ofensiva – a de
roubar a bola mais próximo ao gol adversário – como permitiu ao Barcelona o seu
inigualável trocar de passes.
Outro pecado tático dos comandados de José Mourinho foi ignorar
por total e completo o seu flanco esquerdo. Tudo bem que a ausência de Marcelo
faz o Real perder muito de sua potência por ali, mas um setor que tem Cristiano
Ronaldo e que poderia ter a ajuda de Özil deveria ser bem mais produtivo. É
inaceitável que durante os 90 minutos de jogo a equipe não tenha criado sequer
uma boa trama ofensiva por este setor. Assim, não foi nenhuma surpresa o gol de
empate – Fábregas abrira o placar aos 4 minutos da 2ª etapa – ter surgido pelo
lado direito. Mais ainda porque após a substituição de Callejón por Modric´,
Özil caiu pelo setor e cresceu de produtividade, sendo ele o autor da
assistência para o tento de cabeça do zagueiro francês Varane, aos 36.
Para um treinador que se considera especial, Mourinho não
pode permitir que seu time deixe escapar uma oportunidade de dominar o Barcelona,
como poderia fazer caso apertasse mais a marcação pressão, nem que ataque de
maneira capenga, só por um lado do campo. Espera-se mais do seu Real Madrid...
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