No futebol, existem alguns exemplos de ascensões meteóricas
que acabam por se tornar quedas avassaladoras. Poucos são tão chocantes quanto
o da Dinamarca na Copa do Mundo de 1986, que contava com preciosos jogadores
como o capitão Morten Olsen, o jovem craque Michael Laudrup, então aos 22 anos,
e o atacante Elkjaer-Larsen, que chegava com a bagagem de ter sido segundo
colocado em 1985 e terceiro em 1984 na disputa pelo prêmio Bola de Ouro,
entregue pela tradicional revista France Football ao melhor jogador europeu do
ano. Na fase de grupos do Mundial, a Dinamarca atropelou seus adversários e
ganhou o histórico apelido de Dinamáquina. A vitória de 1 a 0 sobre a Escócia,
a goleada exuberante de 6 a 1 no Uruguai e o maiúsculo triunfo por 2 a 0 diante
da Alemanha fizeram os vermelhos da Escandinávia terminarem a primeira fase com
100% de aproveitamento, façanha que só o Brasil de Júnior, Sócrates e Careca
também conseguiu. Nas oitavas de final, porém, viria a queda. E que queda!
Diante de um impossível Emílio Butragueño, autor de quatro gols, a Dinamáquina
emperrou e foi eliminada do Mundial pela Espanha com uma sonora goleada por 5 a
1.
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