Seria muito bom se o texto de abertura do Campeonato
Carioca de 2014 fosse cheio de expectativas por um torneio emocionante, mas,
infelizmente, este não é o caso. E a culpa pelo negativismo às vésperas do
Estadual já tem dono, ou melhor, donos: o excesso de clubes e o regulamento.
Hoje em dia é inconcebível um Carioca com 16 clubes, ainda
mais se lembrarmos que sete deles não disputaram nem a Quarta Divisão do
Campeonato Brasileiro em 2013. Por pura politicagem, a FERJ (e praticamente
todas as federações estaduais Brasil afora) insiste em um campeonato inchado.
Quanto mais clubes, mais apoio político. E o interesse do torcedor por um
campeonato mais empolgante é jogado no lixo.
Ao invés de um torneio com maior caráter decisivo tanto para
os clássicos quanto para os duelos entre os clubes de maior e menor
investimento, como seria possível com oito ou dez clubes, o Rio de Janeiro
receberá uma competição que antes mesmo do seu início já causa sonolência.
Serão infinitas 15 rodadas, o que faz com que Botafogo,
Flamengo, Fluminense e Vasco possam encarar os clássicos de maneira desleixada na
primeira fase, pois os pontos perdidos poderão ser facilmente recuperados. Assim,
nós, torcedores, podemos nos preparar para uma chuva de times reservas por
parte dos quatro favoritos. Uma pena, pois com bem menos do que as 19 datas
disponíveis seria possível fazer um Carioca pra lá de atrativo.
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