Fluminense 1 x 0 Botafogo – Maracanã, Rio de Janeiro
(RJ)
Gol de cabeça de Edson mantém Fluminense vivo na briga
por uma vaga na próxima Libertadores e aproxima ainda mais o Botafogo da degola.
Do apito inicial até o minuto 28 do segundo tempo,
quando Edson fez o gol único da partida, o Clássico Vovô teve um cenário só.
Neste cenário, o Botafogo, mesmo com a necessidade (quase obrigatoriedade) de
vencer, se mostrava repleto de cautela, postando oito homens à frente do
goleiro Jefferson e com apenas Carlos Alberto e Jobson mais soltos para agir
ofensivamente. O Fluminense, por sua vez, controlava a posse de bola e atacava
com laterais, volantes, meias e Fred.
No entanto, mesmo com toda a categoria de Conca para
realizar a transição defesa-ataque com dribles, passes e lançamentos, o
Fluminense demonstrava uma incapacidade enorme para transformar o maior volume
de jogo em chances de gols. A infertilidade ofensiva tricolor era tão grande
que qualquer tentativa de se aproximar da meta alvinegra se dava apenas através
de bolas alçadas sobre a área. Bolas estas que os zagueiros Dankler e André
Bahia facilmente impediam de chegar à cabeça de Fred ou quem vestisse três
cores, até que Edson aproveitou uma delas para abrir o placar.
Abre parêntese. Edson, autor de mais um gol
importantíssimo para o Fluminense, assim como o que havia marcado diante do
Santos, na Vila Belmiro, há menos de um mês, não pode mais sair do time até o
fim do campeonato. Não só pelos gols, mas pela vitalidade que, ao lado de
Valencia, ele dá ao meio-campo tricolor. Fecha parêntese.
Até marcar seu gol, os ataques do Flu eram tão desérticos
que a chance mais clara da partida havia sido botafoguense: aos 25 da etapa
inicial, Carlos Alberto pensou e inventou mais do que deveria diante de Diego
Cavalieri e desperdiçou uma oportunidade ímpar. Até o fim do clássico, o
Alvinegro não teve outra chance de mesma clareza, tanto que, sem condições
técnicas, físicas, táticas e psicológicas para esboçar uma pressão após se ver
em desvantagem, jamais ameaçou o triunfo tricolor.
Fluminense: Diego Cavalieri; Jean, Marlon, Guilherme
Mattis e Chiquinho; Valencia, Edson, Wágner e Conca; Rafael Sóbis (Walter) e
Fred. Técnico: Cristóvão Borges.
Botafogo: Jefferson; Régis, Dankler, André Bahia e
Sidney (Bruno Corrêa); Marcelo Mattos, Gabriel, Andreazzi (Bolatti) e Murilo;
Carlos Alberto e Jobson (Gegê). Técnico: Vágner Mancini.
Nenhum comentário:
Postar um comentário