Muitos vão dizer que o Flamengo
começou a perder a vaga na final da Copa do Brasil quando Gabriel, seu jogador
mais criativo, se contundiu no último fim de semana. Alguns falarão que a
derrota carioca teve os seus primeiros contornos nas substituições realizadas
por Vanderlei Luxemburgo, logo após o Atlético Mineiro virar o placar, em
meados da etapa final. Porém, amigos, o início do revés flamenguista se deu
quando Everton fez um a zero para os rubro-negros. A partir dali, diante do
improvável, do quase impossível, o Galo chegou à situação que queria.
Enquanto o Atlético precisava de dois
gols para levar a partida para os pênaltis, o jogo se mostrava bem encaminhado
para o Flamengo, que, apesar de sofrer com as bolas aéreas, conseguia segurar o
ímpeto do rival. Tão à vontade estava o Fla que, aos 33, veio o citado gol de
Everton. Agora, o Galo necessitava de quatro gols para avançar. Agora, só um
milagre salvaria. Agora, só restava lutar, lutar e lutar. Agora, os gritos de
“Eu acredito!!!” faziam sentido. Agora, era um por um, um por todos, todos por
um, todos pelo Atlético e todos pelos atleticanos. Agora, o Atlético tinha pela
frente o jogo que mais gosta de jogar.
É um jogo que ainda pode ser chamado
de futebol, mas é um futebol que eleva a entrega e o controle emocional ao
máximo. Neste jogo, a qualidade técnica e organização tática se tornam
coadjuvantes da intensidade física e da concentração psicológica. A sensação é
que os que vestem preto e branco parecem dar choque. Os homens de trás vão ao
ataque. Os homens de frente se multiplicam. Leonardo Silva consegue subir ainda
mais alto do que o anormal que já sobe. Diego Tardelli atua, simultaneamente,
como ponta direita, ponta esquerda, ponta de lança e centroavante. Luan deixa
em campo todo o suor possível a um ser humano. Até que os gols começam a
sair...
Um com Carlos, dois com Maicosuel,
três com Dátolo, quatro com Luan... Parou no quatro porque era o necessário,
pois se precisasse de mais estes atleticanos que ignoram, ou melhor, que amam o
improvável iriam buscar. E alguém duvida de que eles alcançariam?
Olá, Diano! Desde quando conheci seu blog, o respeito. Pois aqui, me acho. Tem lucidez, tem cultura, tem futebol, e o melhor, tem futebol carioca o qual respeito e admiro mesmo que a paixão insiste em ser maior do que minha paixão pelo meu Galo. www.euvistoacamisadogalo.com.br
ResponderExcluirOlá, amigo Fabio.
ExcluirGostaria de agradecer por suas palavras. São por declarações como estas que o FUTEBOLA segue vivo.
Parabéns pela vaga atleticana e boa sorte na histórica final.
Grande abraço!