quinta-feira, 5 de maio de 2011

COPA DO BRASIL 2011 - QUARTAS DE FINAL

Atlético Paranaense 2 x 2 Vasco – Arena da Baixada, Curitiba (PR)

Em jogo emocionante e bastante disputado, Atlético Paranaense e Vasco empataram em 2 x 2 na Arena da Baixada. Apesar de ter estado na frente do placar por duas vezes e cedido o empate, o placar não foi de todo ruim para a equipe carioca.

Na busca por ares diferentes dos encontrados no Campeonato Parananese – onde viu um verdeiro passeio do rival Coritiba – o treinador Adílson Batista escalou o Atlético Paranaense em um 4-3-1-2, com: Renan Rocha; Rômulo, Manoel, Rafael Santos e Paulinho; Deivid, Róbston e Paulo Roberto; Paulo Baier; Mádson e Guerrón. Pelo lado do Vasco, que diga-se de passagem também jogava para esquecer o Campeonato Carioca, o técnico Ricardo Gomes mandou à campo o onze que já está na boca dos torcedores cruzmaltinos, ou seja, esquematizado no 4-3-1-2, com: Fernando Prass; Allan, Dedé, Anderson Martins e Ramón; Fellipe Bastos, Rômulo e Felipe; Diego Souza; Eder Luís e Alecsandro.

O apito inicial apresentou um Vasco com um meio-campo mais forte, tanto na armação, com o Felipe e o Diego Souza conseguindo alguns bons passes, quanto na marcação, com destaque para o Rômulo no papel de cão-de-guarda. Concentrando seus ataques pela direita com o Eder Luís, a equipe carioca esteve melhor na primeira metade do 1º tempo, apesar de não ter dado muito trabalho ao goleiro Renan Rocha. A partir dos 25 minutos, o Atlético conseguiu aumentar um pouco o seu volume ofensivo e tirou o grito de “Uhhh” do seu torcedor aos 28 minutos, quando o zagueiro Manoel quase abriu o placar em cabeçada que obrigou o Fernando Prass a realizar grande defesa. No entanto, o Vasco não tardou a voltar a ser mais perigo ofensivamente e, se não conseguiu sacudir o barbante em um tijolo do Alecsandro de fora da área, aos 34 minutos, o fez no minuto seguinte, com o mesmo Alecsandro. Vale destacar a jogada que originou este primeiro gol vascaíno, um sensacional passe do Diego Souza para o Eder Luís arrancar pela direita e assistir o Alecsandro. Na comemoração, Alecsandro imitou as caretas realizadas pelo pai, o também atacante Lela, ídolo do Coritiba nos anos 80 e Campeão Brasileiro de 1985 pelo clube.

Até o final da 1ª etapa, o “Furacão” conseguiria apenas mais uma jogada de bola parada do Paulo Baier para o zagueiro Manoel, mas após o intervalo a produtividade paranaense iria crescer consideravelmente. Para o 2º tempo, Adílson Batista voltou com Branquinho no lugar do Róbston e o Atlético partiu com tudo para o empate. E foram necesesários menos de 10 minutos para o Rubro Negro conseguí-lo, através do equatoriano Guerrón, o melhor atleticano em campo. Assim como a entrada do Branquinho, o empate fez muito bem ao “Furacão”, que se solidificou no campo de ataque e, até o minuto 25, incomodou o Fernando Prass constantemente, com destaques para uma boa finalização do Branquinho e duas do Guerrón.

O Vasco havia se transformado em uma equipe que se preocupava apenas com seu sistema defensivo, como comprova os sumiços do Felipe e do Diego Souza na partida, além do fim da utilização do Eder Luís para os ataques em velocidade. Contudo, mesmo sem estar postado para buscar um gol, o Vasco o conseguiu aos 28 minutos, em um ótimo arremate do Diego Souza. Se havia recuado demasiadamente para segurar o empate, já era de se esperar que o Vasco permaneceria com esta estratégia depois de alcançar o seu segundo gol. Porém, os vascaínos não contavam com um pênalti infantil cometido pelo Ramón sobre o Branquinho, que não pode nunca ser reserva deste “Furacão”. Na cobrança, o veterano Paulo Baier, que havia realizado boa cobrança de falta minutos antes, converteu a penalidade com tranquilidade.

No fim das contas, o resultado em si foi bom para o Vasco, que jogará em São Januário podendo empatar sem gols ou em 1 x 1. Se não repetir a postura excessivamente defensiva apresentada em boa parte da 2ª etapa neste primeiro duelo, o Cruzmaltino tem tudo para avançar às semi finais da Copa do Brasil.

JOGADA RÁPIDA!

Quarta-feira negra para o futebol brasileiro. Cruzeiro, Fluminense, Grêmio e Internacional fizeram vergonha – uns mais, outros muito mais – e a única equipe brasileira que viva na Libertadores é o Santos. E o pior é quando constatamos que os investimentos realizados pelas equipes brasileiras é muito maior do que o das rivais da América do Sul. Ou vocês acham que Once Caldas, Libertad, Universidad Católica e Peñarol pagam aos seus jogadores salários do nível dos recebidos por Montillo, Fred, Conca, D’Alessandro?

Nenhum comentário:

Postar um comentário