quinta-feira, 16 de junho de 2011

COPA LIBERTADORES - FINAL - SANTOS X PEÑAROL

Peñarol 0 x 0 Santos – Centenário, Montevidéu (URU)

Diante de um Centenário lotado, Santos e Peñarol realizaram um duelo equilibrado e empataram sem gols na primeira partida decisiva da Libertadores. Na próxima quarta-feira será a vez da torcida santista encher o Pacaembu para empurrar o Santos rumo ao Tri continental.

Para sua 10ª final de Taça Libertadores – recorde do torneio – o Peñarol entrou em campo com o mesmo onze que conseguiu a histórica classificação diante do Vélez Sarsfield, na Argentina, esquematizado pelo treinador Aguirre no 4-4-2, com: Sosa; González, Valdéz, Guillermo Rodríguez e Darío Rodríguez; Corujo, Freitas, Aguiar e Mier; Martinuccio e Olivera. Pelo lado do Santos, que novamente não pôde contar com o camisa 10 Ganso, ainda contundido, Muricy Ramalho decidiu por organizar a equipe no 4-3-1-2, com: Rafael; Pará, Bruno Rodrigo, Durval e Alex Sandro; Arouca, Adriano e Danilo; Elano; Neymar e Zé Eduardo.

Uma das muitas missões do Santos nesta decisão de 180 minutos diante do Peñarol era impedir que a equipe uruguaia se aproveitasse do grande apoio da torcida – que, diga-se de passagem, fez uma festa espetacular – para ganhar o domínio territorial no início do duelo. E durante os primeiros 15 minutos o Santos teve sucesso em impedir uma possível pressão aurinegra, mesmo que, neste período, também não tenha conseguido ser produtivo ofensivamente. Entre os minutos 15 e 25, o Peixe viveu sem melhor momento na 1ª etapa, quando contou com os avanços do lateral-esquerdo Alex Sandro e a individualidade do Neymar como principais armas e chegou a acertar o travessão em cabeçada do zagueiro Bruno Rodrigo. Nos últimos 20 minutos do 1º tempo, o Peñarol aproveitou os excessivos chutões para frente do Santos, se fez mais presente no campo ofensivo e, na base do abafa, conseguiu assustar o goleiro Rafael nos minutos finais. Antes de falarmos sobre o 2º tempo, vale ressaltar que o zagueiro Durval realizou uma boa 1ª etapa, porém o meia Elano esteve em uma noite nada inspirada.

Com apenas 3 minutinhos após o reinício da partida, o Santos construiu sua melhor chance de balançar as redes quando Elano errou um arremate de fora da área e a pelota sobrou para Zé Eduardo chutar em cima do goleiro Sosa. Nos minutos após esta ótima oportunidade, o Peixe qualificou seus passes, valorizou mais a posse de bola e conseguiu controlar o jogo. E o resultado do domínio santista quase veio aos 26 minutos, novamente com Zé Eduardo, desta vez em cabeçada após bela jogada entre Alex Sandro – o melhor jogador em campo - e Neymar. No entanto, logo após o susto, o Peñarol provou que estava vivo e recolocou sua torcida no jogo ao, comandado pelo veterano Pacheco, criar três chances de abrir o placar em um intervalo de apenas dois minutos. O Santos sentiu o avanço adversário e, assim como na parte final da 1ª etapa, voltou a abdicar do ataque e a pensar somente em segurar o empate. Como os uruguaios pecavam na organização ofensiva e o Martinuccio, mais qualificado homem de frente da equipe, não estava em grande jornada, o máximo que o Aurinegro conseguiu foi um gol irregular bem anulado pela arbitragem.

Não restam dúvidas de que o empate foi um bom resultado para o Santos, que agora depende de uma vitória no Pacaembu para conquistar seu terceiro caneco da competição mais importante do continente. No entanto, vale lembrar que todos os 5 títulos da Libertadores que o Peñarol conquistou foram com o último jogo sendo disputado longe do Uruguai. Além do mais, nesta edição de 2011 do torneio a equipe aurinegra eliminou Internacional, Universidad Católica e Vélez Sarsfield sempre com o segundo jogo na casa do rival.

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