Em termos econômicos, está cada vez mais claro o protagonismo brasileiro na América do Sul. E o futebol, como não poderia deixar de ser, está no raio de alcance desta evolução econômica. Cada vez mais os clubes nacionais buscam o mercado sul-americano para a reposição das peças perdidas para a Europa e o resultado pôde ser visto no último Brasilerão, quando os argentinos Montillo e Conca brigaram pelo posto de melhor jogador do torneio.
Agora, peço licença e convido os amigos a um exercício de imaginação. Vamos imaginar que um clube brasileiro, empolgado com o sucesso dos estrangeiros em nosso futebol, decida por contratar os 10 melhores “gringos” desta edição da Taça Libertadores – acreditem, em termos salariais isto seria totalmente plausível, pois há uma grande defasagem entre os salários pagos aqui e no resto do continente. O único obstáculo para que este nosso jogo de imaginação se torne real é a regra que permite cada clube convocar apenas três estrangeiros em cada partida. No entanto, amigos, esta regra pode estar com os dias contados.
Na última semana o presidente da Federação Gaúcha de Futebol, Francisco Noveletto, declarou ser a favor do fim da limitação de jogadores estrangeiros sul-americanos nos clubes brasileiros e que acreditava que o Ricardo Teixeira, presidente da CBF, poderia ajudar na causa. Isso mesmo, caso o desejo de Noveletto se realize, nada impediria um clube brasileiro de entrar em campo com 11 argentinos. À primeira vista, sou contra esta possibilidade por dois motivos.
O primeiro deles se encontra no fato de que esta liberação favoreceria mais os times da região Sul do que os das regiões Centro-Oeste, Nordeste e Norte. Por motivos culturais e climáticos, os jogadores sul-americanos tendem a preferir a região Sul ao restante do país. Esta afirmação ganha mais solidez quando lembramos que a proposta para o fim da limitação surgiu do presidente da FGF e que o Internacional conta com quatro estrangeiros em seu elenco (D’Alessandro, Guiñazu, Cavenaghi e Bolatti), mesmo tendo que deixar sempre um deles fora de cada jogo.
O segundo motivo pelo qual sou contra o fim da limitação está relacionado com o futuro das categorias de base em nossos clubes. Se hoje me dia, com as atuais condições de mercado, muitos clubes preferem ignorar os investimentos nas categorias de base e apostar em contratações, este panorama se ampliaria ainda mais sem o limite de estrangeiros.
No fundo, no fundo, não levo fé que esta proposta seja aceita. Nicolás Leoz, paraguaio e presidente da Conmebol, e Julio Grondona, presidente da AFA (Asociación del Fútbol Argentino), não permitiriam a aprovação de uma lei que enfraqueceria absurdamente o futebol do restante da América do Sul perante o brasileiro. E como o Ricardo Teixeira possui ambições no planeta bola, acredito que ele não estaria disposto a comprar esta briga com Leoz e Grondona.
Agora, peço licença e convido os amigos a um exercício de imaginação. Vamos imaginar que um clube brasileiro, empolgado com o sucesso dos estrangeiros em nosso futebol, decida por contratar os 10 melhores “gringos” desta edição da Taça Libertadores – acreditem, em termos salariais isto seria totalmente plausível, pois há uma grande defasagem entre os salários pagos aqui e no resto do continente. O único obstáculo para que este nosso jogo de imaginação se torne real é a regra que permite cada clube convocar apenas três estrangeiros em cada partida. No entanto, amigos, esta regra pode estar com os dias contados.
Na última semana o presidente da Federação Gaúcha de Futebol, Francisco Noveletto, declarou ser a favor do fim da limitação de jogadores estrangeiros sul-americanos nos clubes brasileiros e que acreditava que o Ricardo Teixeira, presidente da CBF, poderia ajudar na causa. Isso mesmo, caso o desejo de Noveletto se realize, nada impediria um clube brasileiro de entrar em campo com 11 argentinos. À primeira vista, sou contra esta possibilidade por dois motivos.
O primeiro deles se encontra no fato de que esta liberação favoreceria mais os times da região Sul do que os das regiões Centro-Oeste, Nordeste e Norte. Por motivos culturais e climáticos, os jogadores sul-americanos tendem a preferir a região Sul ao restante do país. Esta afirmação ganha mais solidez quando lembramos que a proposta para o fim da limitação surgiu do presidente da FGF e que o Internacional conta com quatro estrangeiros em seu elenco (D’Alessandro, Guiñazu, Cavenaghi e Bolatti), mesmo tendo que deixar sempre um deles fora de cada jogo.
O segundo motivo pelo qual sou contra o fim da limitação está relacionado com o futuro das categorias de base em nossos clubes. Se hoje me dia, com as atuais condições de mercado, muitos clubes preferem ignorar os investimentos nas categorias de base e apostar em contratações, este panorama se ampliaria ainda mais sem o limite de estrangeiros.
No fundo, no fundo, não levo fé que esta proposta seja aceita. Nicolás Leoz, paraguaio e presidente da Conmebol, e Julio Grondona, presidente da AFA (Asociación del Fútbol Argentino), não permitiriam a aprovação de uma lei que enfraqueceria absurdamente o futebol do restante da América do Sul perante o brasileiro. E como o Ricardo Teixeira possui ambições no planeta bola, acredito que ele não estaria disposto a comprar esta briga com Leoz e Grondona.
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