Coritiba 3 x 2 Vasco – Couto Pereira, Curitiba (PR)
Que jogo! Em duelo emocionante e só decidido no apito final, o Vasco, no critério dos gols fora de casa, conquistou a primeira Copa do Brasil de sua história. Com o título, o Gigante da Colina é o primeiro clube brasileiro a garantir vaga na Taça Libertadores de 2012.
O Coritiba jogava para repetir 1985, quando conquistou o Brasileirão, seu único caneco de relevância nacional. Sem poder contar com o avante Anderson Aquino, suspenso, o treinador Marcelo Oliveira adotou uma postura cautelosa e esquematizou a equipe no 4-3-2-1, com: Edson Bastos; Jonas, Demerson, Emerson e Lucas Mendes; Marcos Paulo, Willian e Léo Gago; Davi e Rafinha; Bill. Na busca pelo primeiro título na elite nacional desde a Copa João Havelange de 2000, o Vasco entrou em campo organizado pelo Ricardo Gomes no já costumeiro 4-3-1-2, com: Fernando Prass; Allan, Dedé, Anderson Martins e Ramón; Eduardo Costa, Rômulo e Felipe; Diego Souza; Eder Luis e Alecsandro.
Se havia algo que o Vasco não podia fazer no início desta partida decisiva era se postar defensivamente e exagerar nos chutões para frente. Pois foi justamente o que ocorreu. Durante os primeiros 12 minutos, o Vasco apenas se defendeu, não conseguiu arquitetar sequer uma jogada e deixou o Coritiba ganhar o domínio territorial. Porém, se o máximo que o Coxa conseguiu neste período foi um bom arremate longo do Jonas, o Vasco precisou de apenas alguns segundos no ataque para abrir o placar, quando Diego Souza encontrou Eder Luis pela direita e o veloz ponta vascaíno deu perfeita assistência para Alecsandro sacudir o filó. O Coritiba acusou o golpe e o Vasco poderia ter se aproveitado para tomar as rédeas da partida, contudo, sem trabalhar a posse de bola, o Cruz-Maltino viu o rival recolocar fogo no jogo com dois gols surgidos de bolas alçadas na área pelo flanco esquerdo. Na primeira, aos 29 minutos, o lateral Jonas tocou de cabeça para a pequena área e Bill, entre Dedé e Anderson Martins, escorou para o fundo do gol. Depois, já aos 42, Davi aproveitou rebote de um arremate do Rafinha e, sem nenhuma marcação, finalizou com força para virar o escore.
O jogo voltou do intervalo com um Vasco mais acuado do que nunca e um Coritiba que só pensava em atacar. Foi então, neste panorama, que Eder Luis, o melhor homem em campo, chutou com efeito de fora da área e contou com a colaboração do goleiro Edson Bastos para empatar a decisão e silenciar os torcedores alviverdes. Com o placar igual e o Coritiba na necessidade de marcar dois gols o jogo deve ter esfriado, certo? Que nada! O treinador Marcelo Oliveira colocou Eltinho e Marcos Aurélio em campo e partiu para o tudo ou nada. Resultado: aos 21 minutos, o volante Willian mandou um tijolo de fora da área e marcou um Golaço, assim mesmo, com “G” maiúsculo. Com pouco mais de meia hora por jogar, a tensão era palpável no Couto Pereira. O nervosismo era tamanho que o Vasco não conseguia fazer nada além de chutar a pelota para onde o nariz apontava, enquanto o Coritiba só tinha condições psicológicas para cruzar bolas na área, de qualquer canto do gramado. A imagem que espelha a finalíssima é a de Felipe e Diego Souza, após serem substituídos, sentados, fora do banco de reservas, com as cabeças escondidas no capuz do casaco, sem forças para assistir ao final da partida. No fim das contas, o Coritiba não conseguiu transformar a pressão realizada na base do abafa no gol do título e o Vasco, que ainda teve duas oportunidades de gols em arrancadas do incansável Eder Luis, pôde, enfim, soltar o grito de “É Campeão!!!”.
Depois das três derrotas seguidas para times de menor investimento no início da Taça Guanabara, não havia quem apostasse um tostão no futuro do Vasco. Pois vejam como é o futebol: hoje, o Cruz-Maltino conta com um elenco de qualidade, jogadores do quilate de Fernando Prass, Dedé, Felipe, Diego Souza e Eder Luis, um treinador que caiu como uma luva em São Januário, Juninho Pernambucano de malas prontas para retornar e uma imensa torcida bem feliz.
PARABÉNS, VASCÃO!!!
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