Parecia que o Arsenal teria uma vida mais tranquila nos
duelos contra o Chelsea após o carrasco Drogba deixar os “Blues” rumo ao
futebol chinês. Só parecia. No Emirates Stadium, os “Gunners” sofreram dois
gols originados na bola parada do Juan Mata – Fernando Torres desviou o
primeiro e a redonda entrou direto no segundo – e, na 6ª rodada, foram
derrotados pela primeira vez na Premier League 2012/2013.
O primeiro ponto que deve ser destacado na estrutura do time
do norte de Londres é que Arsène Wenger priorizou, durante cada segundo dos mais
90 minutos, o esquema tático em relação aos jogadores. Em outras palavras, o
treinador francês montou o seu 4-2-3-1 e nele encaixou os seus comandados, ao
invés de pensar em uma formação que pudesse melhor extrair o potencial de cada
um.
Vejamos: Gervinho, habituado com o jogo pelos flancos, era único
atacante centralizado; Podolski esteve aberto pela esquerda, longe da zona de
finalização; Cazorla não visitou em nenhum momento os lados do campo, região
por onde muito fez em sua época no Campeonato Espanhol; o nada veloz e arisco
Ramsey começou de meia aberto pela direita – ainda na 1ª etapa ele iria para
sua posição original, de volante, com a saída do contundido Diaby e a entrada
de Chamberlain na direita.
Apesar do belo gol de Gervinho, que, naquele momento, aos 41
minutos do 1º tempo, empatava o jogo em um a um, o Arsenal não mostrou solidez
nem consistência ofensiva durante o clássico. O ponto máximo da importância
dada por Arsène Wenger ao 4-2-3-1 veio aos 21 minutos da etapa final, quando o
Chelsea já voltara a liderar o placar. Podolski e Ramsey deram vez a Giroud e Walcott.
Giroud se tornou o homem de referência, Chamberlain – acreditem! – virou volante
ao lado do Arteta, e o esquema foi mantido.
Um que queira defender o Arsenal pode se valer do fato de o
time ter sofrido dois gols em cobranças de falta e que, principalmente após o
intervalo, os “Gunners” até conseguiram levar perigo ao goleiro Cech, inicialmente
em tramas do Podolski e, no final, com finalizações do Giroud. Contudo, esteve
muito visível que o inalterável e imutável 4-2-3-1 não proporcionou aos homens
de frente, aos responsáveis pela alegria da galera, as melhores condições de
jogo.
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