sábado, 29 de setembro de 2012

ANÁLISE TÁTICA - PREMIER LEAGUE 2012/2013 - 6ª RODADA - ARSENAL















Parecia que o Arsenal teria uma vida mais tranquila nos duelos contra o Chelsea após o carrasco Drogba deixar os “Blues” rumo ao futebol chinês. Só parecia. No Emirates Stadium, os “Gunners” sofreram dois gols originados na bola parada do Juan Mata – Fernando Torres desviou o primeiro e a redonda entrou direto no segundo – e, na 6ª rodada, foram derrotados pela primeira vez na Premier League 2012/2013.

O primeiro ponto que deve ser destacado na estrutura do time do norte de Londres é que Arsène Wenger priorizou, durante cada segundo dos mais 90 minutos, o esquema tático em relação aos jogadores. Em outras palavras, o treinador francês montou o seu 4-2-3-1 e nele encaixou os seus comandados, ao invés de pensar em uma formação que pudesse melhor extrair o potencial de cada um.

Vejamos: Gervinho, habituado com o jogo pelos flancos, era único atacante centralizado; Podolski esteve aberto pela esquerda, longe da zona de finalização; Cazorla não visitou em nenhum momento os lados do campo, região por onde muito fez em sua época no Campeonato Espanhol; o nada veloz e arisco Ramsey começou de meia aberto pela direita – ainda na 1ª etapa ele iria para sua posição original, de volante, com a saída do contundido Diaby e a entrada de Chamberlain na direita.

Apesar do belo gol de Gervinho, que, naquele momento, aos 41 minutos do 1º tempo, empatava o jogo em um a um, o Arsenal não mostrou solidez nem consistência ofensiva durante o clássico. O ponto máximo da importância dada por Arsène Wenger ao 4-2-3-1 veio aos 21 minutos da etapa final, quando o Chelsea já voltara a liderar o placar. Podolski e Ramsey deram vez a Giroud e Walcott. Giroud se tornou o homem de referência, Chamberlain – acreditem! – virou volante ao lado do Arteta, e o esquema foi mantido.

Um que queira defender o Arsenal pode se valer do fato de o time ter sofrido dois gols em cobranças de falta e que, principalmente após o intervalo, os “Gunners” até conseguiram levar perigo ao goleiro Cech, inicialmente em tramas do Podolski e, no final, com finalizações do Giroud. Contudo, esteve muito visível que o inalterável e imutável 4-2-3-1 não proporcionou aos homens de frente, aos responsáveis pela alegria da galera, as melhores condições de jogo. 

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