Brasil 2 x 1 Argentina – Serra Dourada, Goiânia (GO)
Neymar marca de pênalti no último minuto, coloca o Brasil em
vantagem no Superclássico e alivia um pouco a situação do treinador Mano
Menezes, que já escutava os pedidos por Felipão.
Após dois amistosos sem relevância, Mano Menezes organizou a “caseira”
Seleção Brasileira no 4-2-3-1 com: Jefferson; Lucas Mendes, Dedé, Réver e Fábio
Santos; Paulinho e Ralf; Lucas Silva, Jadson e Neymar; Luís Fabiano. Com três
jogadores que atuam no futebol brasileiro no seu onze inicial, a Argentina foi
escalada pelo Alejandro Sabella no 3-5-2 com: Ustari; López, Sebá Domínguez e
Desábato; Peruzzi, Maxi Rodríguez, Braña, Guiñazu e Clemente Rodríguez;
Martínez e Barcos.
O juiz apitou pela primeira vez, Lucas Silva, o são-paulino, deu
um banho de cuia no Clemente Rodríguez e o Brasil logo começou a trocar passes
e mais passes sem conseguir penetrar na muralha argentina formada por uma linha
de cinco defensores e três volantes. Assim transcorreu o Superclássico até o
minuto 19, quando, pela primeira vez, os argentinos trataram a pelota com o
carinho que se trata uma señora ao
bailar um tango e o corintiano Martínez abriu o placar. Um rápido empate se
fazia necessário para o Brasil, pois, caso permanecesse muito tempo atrás do escore,
jogadores e torcedores ficariam impacientes. E ele veio aos 25, em cobrança de
falta de Neymar e gol do impedido Paulinho. Daí até o intervalo, o Brasil
continuou sem produzir nada a ser destacado com a bola rolando e a Argentina a
visitar o campo de ataque raríssimas vezes.
A única diferença entre a etapa inicial e os primeiros 15
minutos da final foi que os times trocaram de lado. Só. Furar a retaguarda
argentina com jogadas individuais de Lucas e Neymar estava muito difícil, pois
toda a marcação estava sempre bem coberta, e como faltava ao Brasil um jogador
com o passe clarividente, as oportunidades de gols não surgiam. Mano colocou
Thiago Neves, Leandro Damião e Wellington Nem, mas a evolução foi nula e a cada
minuto a Argentina ficava mais perto do desejoso empate. O andar do relógio
também trouxe as vaias e os gritos de “Fora, Mano” e “Volta, Felipão”. Gritos
que só não ganharam maior intensidade após o apito final porque, poucos
segundos antes dele, Desábato conseguiu a façanha de cometer duas infrações no
mesmo lance (falta no Damião e mão na bola) e Neymar converteu o pênalti para dar
a vitória ao Brasil.
Dentro de 15 dias, a Argentina jogará em casa e com a
necessidade de buscar a vitória, o que torna o cenário do jogo bem diferente do
que se viu no Serra Dourada. Se por um lado os brasileiros sentirão os
malefícios de atuar como visitante, maiores por ser um visitante em solo
argentino, por outro encontrará mais espaços para tentar produzir um futebol de
melhor qualidade.
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