Inglaterra 2 x 1 Brasil – Wembley Stadium, Londres
(Inglaterra)
Volta de Felipão e centésimo jogo de Ronaldinho com a
amarelinha termina com vitória da Inglaterra em Wembley e mais uma desastrosa
atuação brasileira.
Sem muitos dos medalhões de tempos recentes, a Inglaterra –
segunda colocada no grupo H das Eliminatórias Europeias para a Copa do Mundo,
atrás de Montenegro – foi organizada pelo treinador Roy Hodgson no 4-1-4-1 com:
Joe Hart; Glen Johnson, Cahill, Smalling e Ashley Cole; Gerrard; Walcott,
Cleverley, Wilshere e Welbeck; Rooney. Na sua volta à Seleção Brasileira após
mais de uma década, Felipão optou pelo esquema da moda, o 4-2-3-1, com: Júlio
César; Daniel Alves, David Luiz, Dante e Adriano; Paulinho e Ramires; Oscar,
Ronaldinho e Neymar; Luís Fabiano.
Não foi nada bom. Na realidade, foi muito ruim a reestreia de
Felipão no comando da Seleção. “Mas criamos algumas ótimas oportunidades
ofensivas”, alguém poderá dizer ao lembrar que Ronaldinho perdeu um pênalti, Neymar
desperdiçou um gol incrível quase debaixo dos paus e Fred acertou um lindo
chute no travessão segundos após empatar o placar, no início da 2ª etapa. Foram
espasmos, amigos. Espirros de um time, ou melhor, um aglomerado que não
apresentou solidez em nenhum setor do campo. A defesa, pessimamente protegida
pelos volantes, deixou buracos, ou pior, crateras, que a Inglaterra soube
aproveitar para fazer um a zero pelos pés letais de Wayne Rooney. Pelos lados...
bom, Walcott não tomou conhecimento de Adriano e caso os súditos da Rainha
forçassem mais o jogo por ali o revés poderia ter sido pior.
Imprensa afora, os maiores elogios à convocação de Felipão
foram direcionados aos volantes. Ramires, Paulinho, Arouca e Jean, todos bons
de bola. Porém, nenhum deles conseguiu dar qualidade à saída de jogo, aparecer
de surpresa ao ataque ou exercer a função de auxiliar os zagueiros. Arouca
ainda bobeou feio ao recuar uma bola que Rooney, esperto, roubou e Lampard,
como se sua perna direita fosse um taco de sinuca, completou para o fundo do
gol. Não seria mais simples, num momento de estruturação, contar com os
entrosados Ralf e Paulinho? Na linha de ataque, a constatação mais ingrata. Não
houve diálogos nem monólogos. Nomes de reconhecida habilidade como Ronaldinho,
Neymar, Oscar e Lucas não só não tramaram jogadas em conjunto como ignoraram a
possibilidade do drible, a mais brasileira das alternativas para superar uma
defesa.
No fim das contas, vale a análise simplista de que a
Inglaterra foi superior em todos os setores, mais organizada taticamente e refinada
tecnicamente. E o Brasil, com times completos, continua sem vencer um Campeão
do Mundo desde a saída de Dunga. Mês que vem tem a Itália.
A Inglaterra melhorou demais e dará trabalho em 2014, não é só mais chuveirinho. A técnica prevalece e o campeonato inglês é o maior responsável por essa evolução da sua Seleção.
ResponderExcluirQuanto a nós, se serve de consolo, teremos bons testes, contra Itália, Rússia, Suíça, México, Espanha....nenhuma baba.....o que poderá nos dar exata noção do que esperar daqui em diante.
Saudações!!!