Fluminense 0 x 3 Grêmio – Engenhão, Rio de Janeiro (RJ)
Grêmio joga o fino da bola no Engenhão, vence um Fluminense desértico por 3 a 0 e embola o Grupo 8 da Libertadores.
Mesmo com Gum, Deco e Thiago Neves disponíveis, Abel Braga decidiu repetir a escalação que venceu o Caracas na estreia da Libertadores e organizou seu time no 4-3-3 com: Diego Cavalieri; Bruno, Leandro Euzébio, Anderson e Carlinhos; Jean, Edinho e Wagner; Wellington Nem, Rafael Sóbis e Fred. Com três alterações em relação ao time que foi derrotado em casa para o Huachipato, o Grêmio foi em busca da reabilitação montado pelo Vanderlei Luxemburgo no 4-2-2-2 com: Dida; Pará, Cris, Werley e André Santos; Fernando e Souza; Elano e Zé Roberto; Vargas e Barcos.
Qualquer que seja a análise escolhida – física, tática, técnica ou psicológica –, o Grêmio foi muito superior ao Fluminense no Engenhão. Disposição leonina, concentração máxima durante os 90 minutos, impecáveis aplicação tática e ocupação de espaços, inteligência e apreço no trato com a bola. Foram muitas as qualidades gremistas na maiúscula vitória sobre o Fluminense. Coletiva e individualmente. André Santos apresentou a profundidade de seus tempos de Corinthians, Fernando dominou o meio-campo, Zé Roberto fez de tudo um pouco com enorme qualidade, Vargas e Barcos colocaram a retaguarda carioca no bolso. Os três gols – Bruno, contra, no 1º tempo, André Santos (impedido) e Vargas, já na etapa final – foram apenas a consequências naturais de tamanha superioridade gaúcha.
Não seria justo detonar Abel Braga e o Fluminense apenas por uma ruim – péssima! – apresentação. Foi aquela noite em que nada deu certo. Não por superstição, búzios, tarô ou semelhantes, mas porque o Flu não teve, pelo menos desta vez, a capacidade para igualar o grande jogo de um grande adversário. Nem com o onze inicial, nem após a entrada de Deco, no intervalo, e muito menos com Thiago Neves e Samuel no gramado. A defesa não encaixou, o meio-campo não pensou e o ataque não funcionou. E aí é que entra em questão algo maior do que apenas os 90 minutos deste duelo entre tricolores. Para o Fluminense retornar à vitoriosa fase do Brasileirão de 2012, precisa jogar, encorpar, engrenar... É difícil reconquistar tudo isto em apenas dois meses. Mais ainda com tantos “times mistos” e jogadores poupados ao longo do Carioca.
Com os craques que possui, o Fluminense pode conseguir um punhado de vitórias. Já a segurança e o ritmo avassalador do ano passado só voltarão com o tempo. E quanto mais vezes a “equipe ideal” que Abel tem em mente jogar, mais rápido será.
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