“Tirando a
Gol” tem um quê de “Romeu e Julieta”. Duas famílias. Uma, a de Felipe (David
Reynoso), é de fanáticos pelo América do México. A outra, de Flora (Lola
Beltran), é Chivas até a alma. E para apimentar ainda mais a relação, o filho
de Felipe, Rafael, e os filhos de Flora, Manolo e Pedro, são jogadores dos seus
respectivos clubes de coração e grande rivais dentro de campo.
É neste
cenário de rivalidade entre dois dos maiores clubes mexicanos que nasce uma
história, ou melhor, nascem duas histórias de amor. Não só Felipe e Flora se
apaixonam como Teresa, filha de Felipe e a única que não se importa com o
futebol, e Manolo também. E é aí, na tentativa de uma convivência pacífica
entre duas famílias rodeadas pela mais intensa rivalidade futebolística, que
reside a diversão desta película.
Sem nem um
pingo de dúvida, a melhor cena de todo o filme é a que os dois casais, Felipe e
Flora e Manolo e Teresa, vão ao cartório para confirmar a união. O responsável
pelo processo é ninguém menos do que Ramón Valdés, imortalizado no Brasil como
o Seu Madruga do seriado Chaves, e as testemunhas são os craques do América e
do Chivas, dentre eles os brasileiros Arlindo, Zague e Vavá.
Mesmo que de
uma forma superficial, “Tirando a Gol” expõe a importância do ato de torcer
para os mexicanos. E o principal exemplo se encontra na justificativa de um “arquibaldo”
para sua ira excessiva contra o próprio time: “O meu chefe, no escritório, e
minha mulher, em casa, me apurrinham durante todo o dia. Quero somente aliviar
a cabeça”.
Uma comédia
romântica. Mais comédia que romântica. Repleta de clichês e de futebol. Assim é
“Tirando a Gol”, uma boa fonte de risos.
Tirando a
Gol (1966)
Direção:
Icaro Cisneros
Roteiro: Janet
Alcoriza
Elenco: Lola
Beltrán, David Reynoso, Julissa, Fernando Luján, Federico Falcón e Juan Ferrara.
Nenhum comentário:
Postar um comentário