Atlético Mineiro 2 x 1 São Paulo – Independência, Belo
Horizonte (MG)
Ronaldinho aproveita duas bobeadas da defesa são-paulina para
servir seus companheiros e dar a vitória ao Atlético Mineiro no pulsante
Independência.
Para o confronto que marcava a volta do Atlético Mineiro à
Libertadores após 13 anos, Cuca manteve a base que realizou um grande Brasileirão
em 2012 e organizou o time no 4-2-3-1 com: Victor; Marcos Rocha, Leonardo
Silva, Réver e Júnior César; Leandro Donizete e Pierre; Bernard, Ronaldinho e
Diego Tardelli; Jô. Em sua 16ª participação no principal torneio sul-americano –
é o clube brasileiro mais presente na história da competição – o São Paulo foi
organizado pelo Ney Franco no costumeiro 4-2-3-1 com: Rogério Ceni; Paulo
Miranda, Lúcio, Rhodolfo e Cortez; Denílson e Wellington; Douglas, Jádson e
Osvaldo; Luís Fabiano.
Seria exagero dizer que o Atlético engoliu o São Paulo no 1º tempo
por um simples motivo: o Galo não conseguiu transformar sua imensa superioridade
num placar mais confortável do que o um a zero, gol de Jô, aos 12, após falha
imperdoável de toda retaguarda tricolor, que deixou Ronaldinho receber, livre,
leve e solto, uma inteligente cobrança de lateral do Marcos Rocha. Porém, nos
primeiros 45 minutos, o meio-campo atleticano tomou conta do jogo. Pierre
implacável, Leandro Donizete dinâmico, Bernard onipresente, Ronaldinho preciso...
O estreante Diego Tardelli, claramente por questões físicas, destoou. Já o São
Paulo? Bom, esteve irreconhecível. Não conseguiu nem atacar pelos flancos, nem pelo
meio. Nem com a bola parada, nem com ela rolando. Luís Fabiano? Sequer sentiu a
textura da gorducha.
Após o papo no vestiário, o Tricolor saiu do 110V para o 220V.
Osvaldo e Douglas enfim apareceram, a postura do time se tornou mais adiantada
e o Atlético se perdeu. A situação paulista ficou ainda melhor com a entrada de
Aloísio no lugar do Paulo Miranda, com Douglas deslocado para a lateral. Pouco
após o minuto 20, quando o São Paulo dominava por completo, Luís Fabiano – numa
situação onde não costuma perdoar – e Aloísio tiveram as chances do empate. Não
superaram o arqueiro Victor, e, aos 27, Ronaldinho passou por Ganso e
Wellington, como se fosse um profissional contra infantis, e colocou a pelota
na cabeça de Réver: Galo dois a zero. O gol do Aloísio, 10 minutos depois, em
linda assistência do “Fabuloso”, deixou o jogão em aberto.
Restava ao Galo fazer o tempo passar, o que conseguia com
sucesso até Marcos Rocha resolver afastar um cruzamento com o peito, à la
futevôlei, e Ganso, já nos acréscimos, arrematar rente ao poste para fazer todo
atleticano – em casa, num bar ou na arquibancada – colocar a mão no coração de susto. Placar
final: Atlético dois, São Paulo um. Baita jogo, mas com muitas falhas para dois
times que pretendem – e vão – lutar pelo título.
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