São Paulo 2 x 0 Cruzeiro – Morumbi, São Paulo (SP)
O Brasileirão está vivo! No embalo do Quarteto Fantástico,
São Paulo bate o líder Cruzeiro no Morumbi e diminui para quatro pontos a
distância para a ponta da tabela.
Apesar da grande qualidade técnica de ambos os lados, o
confronto mais aguardado de todo o Brasileiro até o momento chamou atenção por
questões táticas e físicas. Durante toda a primeira etapa, a marcação por
pressão de ambos os lados dificultou imensamente o jogo refinado e fez com que tricolores
e celestes dessem mais chutões e lançamentos sem direção do que de costume.
E foi justamente quando conseguiram roubar a bola do
meio-campo para frente que São Paulo e Cruzeiro tramaram as melhores oportunidades
ofensivas no primeiro tempo. Principalmente o Tricolor, que acionou seus homens
de ataque com mais frequência e desesperou a vida do zagueiro azul Dedé. Já
amarelado, Dedé cometeu pênalti sobre Ganso em lance em que poderia até ter
sido expulso. Na cobrança, aos 35 minutos, Rogério Ceni colocou o Sampa em
vantagem.
Nos primeiros 45 minutos, o Cruzeiro até conseguiu assustar um
pouco, principalmente em finalizações do Ricardo Goulart, mas foi somente após
o intervalo que a Raposa esboçou uma pressão ofensiva, obrigando o São Paulo a
recuar. Foi a partir deste momento que os defensores são-paulinos – como jogaram
Tolói, Edson Silva e Auro! – se desdobraram e seguraram o poderio mineiro. Na
busca incessante da Raposa pelo ataque, Marcelo Oliveira sacou o volante Lucas
Silva e apostou em Dagoberto. O tiro saiu pela culatra e deu ao São Paulo tudo
que ele mais queria: espaço.
Com mais liberdade, Kaká flutuou por todos os setores do
campo, Ganso distribuiu passes doces, Kardec recebeu mais bolas e o segundo gol
não tardou a sair: Ganso cobrou córner e Kardec finalizou duas vezes para
marcar. No ritmo da torcida, o Tricolor, tão bem fisicamente que só fez uma
substituição em todo o jogo, se soltou de vez e por pouco não chegou a uma vitória
ainda mais contundente.
Se não foi tudo que poderia ser, o embate entre os dois
melhores times do país foi bom o suficiente para deixar aquele gostinho de
quero mais.
São Paulo: Rogério Ceni; Auro, Rafael Tolói, Edson Silva e
Álvaro Pereira; Denilson e Souza; Ganso e Kaká; Alan Kardec e Pato (Michel
Bastos). Técnico: Muricy Ramalho.
Cruzeiro: Fábio; Mayke, Dedé (Manoel), Léo e Ceará; Nilton e
Lucas Silva (Dagoberto); Éverton Ribeiro, Ricardo Goulart (Julio Baptista) e
Alisson; Marcelo Moreno. Técnico: Marcelo Oliveira.
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