Quando Botafogo e Atlético Paranaense decidem apostar em um
time inteiramente reserva para a disputa dos Campeonatos Estaduais, o Flamengo poupa
metade dos titulares em uma competição como a Copa do Brasil ou o Internacional
faz o mesmo na Copa Sul-Americana, dois recados estão sendo passados. O
primeiro é o de que os as comissões técnicas dos clubes brasileiros, de todos
eles, não somente os citados, são preguiçosas e não montam um planejamento para
saber quem deve ser poupado e quando deve ser. O segundo, é que, para estes
clubes, quanto menos objetivos forem estabelecidos para a temporada, melhor.
Pelos salários que recebem, é inadmissível que as comissões
técnicas dos clubes de elite não montem um planejamento físico muito bem informado
de seus respectivos elencos. É claro que problemas de contusão sempre surgem,
mas com este planejamento em mãos seria possível prever o melhor momento para se
poupar jogadores sem que a estrutura do time fosse abalada com seis, sete ou
até onze alterações. Realizar um rodízio na equipe, como muitos fazem na Europa,
é uma coisa. Trocar meio time ou um time inteiro porque se considera a
competição sem relevância é outra. Uma outra muito mais preguiçosa.
Além do mais, ao mandar a campo um time de cheio de suplentes,
o clube deixa bem claro que vencer o campeonato em questão não é um objetivo. Com
o ato de ignorar Estaduais, Copa Sul-Americana e Copa do Brasil, os clubes cortam
três torneios da lista de possíveis metas, estratégia que diminui
consideravelmente a pressão por resultados, pois dirigentes e torcedores
parecem aceitar melhor as eliminações deste tipo. Convenhamos que esta é uma
atitude no mínimo incompatível com clubes que pagam (às vezes não pagam, é
verdade) folhas salariais que giram em torno de 10 milhões de reais por mês.
O Campeonato Brasileiro é longo, a Copa Libertadores é o
sonho de qualquer torcedor e o calendário do nosso futebol ilustra toda a incompetência
da CBF. Três verdade, mas verdades que não podem ser assumidas como desculpas
para que outros torneios sejam ignorados e treinadores e jogadores percam a sede
por levantar troféus.
Quem é o atual Flamengo para poupar jogadores! Não tem jogadores nem pra formar um time titular competitivo, imagina time B... Um ano em que não se planeja tudo que ganha é na sorte.
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