Pipocam pelas TVs programas cujo principal objetivo é fazer o
entrevistado, geralmente uma “celebridade”, passar vergonha. O intuito é jogar
a maior quantidade de sal possível na ferida do outro para ganhar mais ibope. Apesar
de não ser fã do gênero, confesso sentir falta deste estilo por parte da
imprensa esportiva.
Dentre os convocados por Dunga na última semana, os nomes
mais surpreendentes foram justamente as duas novidades: os laterais Dodô e Mario
Fernandes, este jogador do CSKA de Moscou desde 2012. Tenho uma forte impressão
de que Dunga (assim como a maioria dos treinadores brasileiros) não acompanha
os principais campeonatos europeus. Esta forte impressão se torna certeza absoluta
quando a liga em questão é a russa. Por que diabos nenhum repórter tem a
coragem de perguntar ao Dunga quantos dos 58 jogos que Mario Fernandes fez com
a camisa do CSKA ele assistiu antes de decidir pela convocação?
Da Seleção para o Brasileirão. No último fim de semana, a
vitória de virada do Corinthians sobre o São Paulo foi repleta de lances para os
comentaristas de arbitragem exalarem, por horas e mais horas, o bom senso que
eles não exibiam tão vigorosamente quando vestiam preto. Com dois pênaltis e um
cartão vermelho contra, os tricolores cuspiram abelhas africanas e, Mano
Menezes, treinador corintiano, soltou que “os árbitros erram e acertam, a favor
e contra”. Logo Mano Menezes, que passa os 90 minutos e mais os acréscimos
tentando apitar o jogo da área técnica e não aguenta uma derrota de sua equipe
sem culpar os árbitros. Cadê o peito de algum jornalista para questionar o Mano
sobre o assunto, ali mesmo, ao vivo, diante de tudo e de todos?
Sem dúvidas criticar nas páginas do jornal, nas ondas do
rádio e nos programas televisivos é válido, mas já passou do momento da
imprensa esportiva não aceitar calada algumas falácias de jogadores que simulam
e juram não, de treinadores que não sabem perder e dirigentes que não sabem
fazer nada.
Repórteres esportivos, especificamente o futebol: é de DOER de ver as perguntas que são feitas durante as coletivas. É bizarro!!! O camarada pensa que pelo fato de gostar de futebol é suficiente para ser um jornalista. O futebol de hoje tem o jornalismo que merece, ou seja, fraco. http://www.euvistoacamisadogalo.com.br/
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