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Zimbábue 0 x 3 Brasil – Estádio Nacional, Harare (ZIM)
Naquele que está sendo considerado por muitos como o maior evento esportivo da história do Zimbábue, o Brasil sapecou 3 x 0 na Seleção anfitriã em sua primeira partida em solo africano.
Com exceção de umas poucas entradas duras, mas sempre na bola, do time zimbabuano e de Felipe Melo, que se estressa até com a própria sombra, o duelo teve, como era esperado, cara de amistoso. E os primeiros 30 minutos não foram nada legais para os comandados do Dunga. O trio ofensivo africano, formado pelo rápido Musona, o talentoso Antipas e o perigoso Benjani deu muito trabalho para os defensores brasileiros. Para se ter uma idéia, com 8 minutinhos de partida, o lateral-esquerdo Michel Bastos já havia cometido três faltas no setor defensivo, tamanha a impetuosidade zimbabuana. As principais oportunidades de gols criadas pelos mandantes foram com Karuru, após boa trama entre Musona e Benjani, e uma cabeçada do Musona, que Gomes realizou excelente defesa. Gomes? Sim, pois Júlio César saiu após uma pancada na região lombar. Durante este período, o Brasil apenas errou passes, mostrou falta de criatividade e arriscou um chute longo com Robinho. Porém, quem está acostumado a assistir a Seleção do Dunga sabe que a qualquer momento vai surgir uma bola parada, uma jogada com o Maicon pela direita ou um contra-ataque. E surgiu. Primeiro Michel Bastos cobrou uma falta com uma potência absurda, a redonda atingiu 139 Km/h, e inaugurou o placar. Três minutinhos depois, aos 43, Maicon acertou lindo lançamento para Robinho que com muita categoria sacudiu o filó. Torcedores e jornalistas zimbabuanos estavam chamando nossa Seleção de “Samba Boys”. Bom, se de “Garotos do Samba” nosso Onze não tem nada, ele continua mostrando uma eficiência enorme.
Após o intervalo ocorreram diversas alterações em ambas as equipes. Zimbábue perdeu a toada e as entradas de Daniel Alves e Júlio Baptista foram ótimas. Logo aos 10 minutos, Daniel Alves procurou Júlio Baptista, recebeu a devolução de calcanhar e deixou Elano livre, leve e solto para balançar o barbante. Linda jogada! Uns segundinhos de futebol brasileiro para os zimbabuanos guardarem para sempre. Após o terceiro tento, vale ressaltar apenas mais dois ótimos passes de Júlio Baptista – e não é que ele substituiu bem o Kaká – e os xiliques de Felipe Melo, que se não se cuidar vai receber um show de cartões na Copa do Mundo. Fim de jogo e de festa no Estádio Nacional. O Brasil conquistou sua 17ª vitória em 17 jogos no continente africano. Que continuemos assim!
Agora o sofrido povo zimbabuano, que trocou 5 refeições por um ingresso para assistir nossa Seleção, volta à dura realidade. A Seleção Brasileira poderia fazer isso mais vezes. Poderia sempre levar a felicidade para povos que precisam, ao invés de arrumar amistosos na Inglaterra para encher a poupança. Totalmente desnecessário a CBF cobrar mais de 3 milhões de reais para levar alegria para pessoas que sofrem tanto. Esse não era para ser o papel da Seleção Canarinho. E o pior é que esse dinheiro todo não terá futuro, melhor dizendo, terá um futuro escuro.
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