Olá amigos do FUTEBOLA!
Holanda 1 x 0 Japão – Grupo E
Gana 1 x 1 Austrália – Grupo D
------------------------------------------------------------------------
MANDOU BEM!
- Apesar da derrota para a Holanda, muito me agradou a Seleção Japonesa em sua segunda partida neste Mundial. Durante os primeiros 45 minutos do jogo, o Japão apresentou um sistema defensivo impecável, conseguindo anular todas as armas ofensivas holandesas. Sneijder não teve espaço para dar assistências ou arrematar de longe, Kuyt não pôde explorer sua velocidade pelas pontas, van Persie não teve nenhuma liberdade para jogadas individuais ou tabelas curtas pelo meio da defesa… ou seja, a Holanda ficou encaixotadinha no sistema defensivo japonês. Quem possui grande importância para a dinânima, tanto defensiva quanto ofensiva, do time japonês é a segunda linha de 4 homens, de um esquema 4-1-4-1. Nesta linha, Hasebe e Endo, que são muito bons tecnicamente, jogam centralizados, enquanto Matsui e Okubo atuam aberto pelos lados e são boas opções ofensivas. Na 2ª etapa, após a Holanda conseguir abrir o placar em uma falha do goleiro Kawashima em chute de Sneijder, o Japão precisou sair para o jogo. Acreditem amigos, o Japão foi ao ataque e dominou as ações ofensivas até o apito final. Para se ter uma idéia de como o Japão foi em busca do empate, o treinador Takeshi Okada realizou três substituições e todas elas foram ofensivas. A baixa qualidade técnica dos japoneses foi predominante para que o empate não saísse, mas, a meu ver, a determinação e o fato de terem colocado a Holanda com uma postura defensiva, são dignos de aplausos. Vale ressaltar aqui a grande atuação do zagueiro brasileiro naturalizado Marco Túlio Tanaka, que foi excelente na retaguarda, tirando diversas bolas alçadas na area, e, aos 45 minutos, deu linda assistência, também de cabeça, para o Okasaki perder aquele que seria o gol do empate japonês. O apito final e a decepção estampada nos rostos dos japoneses comprovam como a equipe teve uma mentalidade vencedora, dando muito trabalho à forte Holanda.
------------------------------------------------------------------------
MANDOU MAL!
- A Holanda esteve longe de mostrar o futebol que dela se espera diante do Japão. Sem poder contar com seu principal jogador, o Robben, a Holanda teve um trabalhão para conseguir penetrar no sistema defensivo japonês. Tentou durante toda a 1ª etapa e não conseguiu encontrar alternativas ofensivas, estando longe de assustar o goleiro Kawashima. Em minha opinião, van der Vaart, que é meia e está improvisado de ponta-esquerda, não deveria ser titular. Sua presença enfraquece, e muito, as jogadas pelos lados do campo, pois ele busca sempre cair pela meiúca. A melhor opção seria a entrada do Elia, que conhece a posição. No início do 2º tempo, um gol do Sneijder, após um bate-rebate na área, poderia ter deixado a Holanda mais solta para controlar o jogo e trabalhar a redonda com mais tranquilidade, porém o que ocorreu foi que a equipe recuou muito e deu campo para o Japão. Tentou jogar no contra-ataque e demorou mais de 30 minutos para encaixar um certo. E quando encaixou, despediçou duas claríssimas oportunidades, aos 39 e 42 minutos, ambos com o Afellayna cara do goleiro. Se contra o Japão o castigo pela postura e pela ineficácia nos contra-golpes quase veio aos 45 minutos, na citada chance desperdiçada pelo Okasaki, uma Seleção mais forte não perdoaria uma atuação tão frágil da Holanda.
- O cronômetro marcava 11 minutos da 1ª etapa quando o goleiro ganês Kingson soltou a pelota após falta cobrada por Bresciano e Holman abriu o placar para a Austrália. Treze minutos depois, aos 24, Kewell meteu o braço na bola para evitar o gol de empate de Gana, cometeu pênalti, foi expulso e Gyan igualou o marcador, tornando inútil a ação de Kewell. A partir daí, era o momento de Gana mostrar que tem força. Com o placar empatado e um homem a mais, as “Estrelas Negras” tinham tudo para conquistar a vitória e deixar a classificação muito bem encaminhada. Porém, apesar das oportunidades de gols criadas e da boa movimentação ofensiva, Gana não conseguiu o valioso tento. O ótimo centroavante Gyan não estava em um bom dia, o que foi determinante para Gana não sacudir o barbante. Do tripé de meias que jogam atrás do Gyan, formado por Ayew, Asamoah e Tagoe, apenas o primeiro teve uma atuação produtiva. Ayew, filho do eterno ídolo ganês Abedi Pelé, se movimentou bastante e deu trabalho ao sistema defensivo australiano, enquanto Asamoah e Togoe não participavam da criação de jogadas ofensivas. Durante a metade final do 1º tempo e a inicial do 2º, Gana só teve preocupações ofensivas e mesmo assim não conseguiu balançar as redes. E ainda poderiam ter saído de campo derrotados, pois depois dos 20 minutos da 2ª etapa, com a boa entrada de Chipperfield na Austrália, os ganeses sofreram ataques e tiveram problemas defensivos. Se a atuação da Seleção de Gana não foi péssima, eles perderam uma grande oportunidade de provar que podem estar entre os melhores.
------------------------------------------------------------------------
CONHECENDO MAIS DA COPA DO MUNDO...
- A Seleção da Escócia é a que mais participou de edições da Copa do Mundo sem nunca ter passado para a segunda fase, com 8 aparições. Na Copa do Mundo de 1974, conseguiu o feito de ser eliminada da fase de grupos de maneira invicta, após vencer o Zaire e empatar com Brasil e Iugoslávia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário