Olá amigos do FUTEBOLA!
Chile 1 x 0 Honduras – Grupo H
Espanha 0 x 1 Suiça – Grupo H
África do Sul 0 x 3 Uruguai – Grupo A
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MANDOU BEM!
- A Seleção Chilena realizou, em sua estréia no Mundial, uma das melhores apresentações da 1ª rodada. Com velocidade, bom toque de bola e muita qualidade técnica dos homens de frente, os comandados de Marcelo Bielsa mostraram o motivo de terem ficado a frente de Argentina, Paraguai e Uruguai nas eliminatórias. O quarteto ofensivo formando por Beausejour, Fernández e Sanchez, nesta ordem da esquerda para a direita, jogando atrás do nosso conhecido Valdívia, deixou o sistema defensivo rival de cabelos pro alto. Pode parecer, e realmente é, estranho o fato de Valdívia jogar de centroavante, mas isso deu bastante mobilidade e qualidade de passe para os chilenos. Outro ponto ofensivo positivo da equipe foi o lateral-direito Isla, sempre presente no ataque e sendo um excelente companheiro para o veloz e ágil Sanchez que, mesmo sendo bastante fominha, incomoda demais os adversários. Apesar de não abandonar o lado esquerdo, o Chile foi melhor pela direita, lado por onde conseguiu seu gol após Fernández aproveitar a ultrapassagem de Isla com um lindo passe e este cruzar para Beausejour balançar as redes, aos 34 minutos da 1ª etapa. A postura chilena de não recuar após abrir o placar também é digna de aplausos. O fato que ilustra esta atitude de permanecer jogando um futebol ofensivo é que o Chile criou mais oportunidades de gols após estar vencendo por 1 x 0, com 5 chances de balançar o véu da noiva. Em uma destas oportunidades, aos 19 minutos do 2º tempo, o goleiro hondurenho Valadares realizou aquela que é, até o momento, a defesa mais linda da Copa, após cabeçada do zagueiro Ponce dentro da pequena área. Se continuar jogando essa bola redondinha e calibrar o pé na hora das conclusões, o Chile pode dar muito trabalho aos espanhóis e suiços.
- Na Copa do Mundo de 1938, realizada na França, a Suiça treinada pelo lendário Karl Happan derrotou a poderosa Seleção da Alemanha por 4 x 2, causando surpresas. Happan era um adepto de táticas defensivas e o esquema que implantou na Suiça ficou conhecido pelo nome de “Ferrolho Suiço”. Pois bem, já ouviram aquela frase que diz que a história sempre se repete? Depois de ser eliminada da Copa do Mundo de 2006 sem sofrer um único gol em quatro jogos, a Suiça estreou no Mundial de 2010 contra a favoritíssima ao caneco Espanha mostrando um poder defensivo muito grande. As famosas duas linhas de quatro que compõem a retaguarda suiça não chegaram a se mostrar intransponíveis, já que a Espanha criou boas chances de empatar e até vencer o confronto, porém foram muito sólidas e eficazes, permitindo que o goleirão Benaglio saísse de campo sem levar gols. E se empatar com a Espanha já seria surpreendente, a Suiça conseguiu mais. Aos 7 minutos da 2ª etapa, o atacante Derdiyok apareceu praticamente pela primeira vez, trombou com os zagueiros espanhóis e a redonda sobrou para o meia Fernandes balançar as redes. Vale também citar a jogada brilhante do mesmo Derdiyok que driblou três marcadores e acertou a trave. Se a bola entrasse, certamente estaria entre os gols mais lindos da história dos Mundiais. Lembrando da possibilidade de cruzamento entre Brasil e Suiça, na fase oitavas-de-final, acredito que, se ocorrer, o Brasil, com sua conhecida dificuldade de enfrentar adversários fechados, terá grandes problemas.
- Poderia facilmente gastar espaço aqui para vuvuzelar a derrota da Espanha em seu primeiro jogo da Copa. Muitos daqueles que até ontem chamavam a Espanha de favorita já estão bradando aos quatro cantos que a “Fúria” não passa de uma amarelona. Porém, em minha opinião, a Espanha perdeu porque o futebol não apresenta lógica alguma (ainda bem!). De acordo com o meu caderninho, apenas a Alemanha, na goleada sobre a Austrália, criou mais oportunidades de sacudir o filó do que a Espanha diante da Suiça. Foram nada menos do que 10 grandes chances de balançar as redes criadas pelos espanhóis. Não estou querendo dizer que foi questão de sorte da Suiça, longe disto, mas a derrota da “Fúria” foi mais demérito dos espanhóis do que mérito dos suiços. Em diversos momentos a Espanha furou o bloqueio adversário e finalizou de maneira equivocada. E como consequência da repetição destes erros de conclusão, o nervosismo só aumentava. A meu ver, se a Espanha esteve longe de fazer uma grande partida, também não merece sofrer severas críticas, pois, mesmo perdendo, jogaram mais futebol do que muito time que não foi derrotado. Exemplos? Inglaterra, Paraguai e França.
- Sem o peso da estréia e com uma equipe muito melhor organizada ofensivamente pelo treinador Oscar Tabárez, o Uruguai deu um show de bola contra a África do Sul e conseguiu o que parecia impossível: silenciar as vuvuzelas por alguns minutos. Se na partida de estréia contra a França o Uruguai tinha se mostrado um verdadeiro deserto de criatividade, desta vez foi diferente. Com Forlán posicionado atrás da dupla de ataque formada por Cavani e Luís Suárez, a “Celeste” dominou a África do Sul durante praticamente os 90 minutos de jogo. E olhem que fato curioso: se linhas acima citei que o chileno Valdívia, meia-ofensivo, havia sido escalado e atuado bem como centroavante, com Forlán ocorreu o inverso. Centroavante de muta qualidade, Forlán foi escalado como meia e mostrou um potencial que eu não acreditava que ele possuísse. Com muita qualidade nos passes e sem perder seu estilo matador, Forlán realizou uma das melhores atuações individuais da Copa. E ele não esteve sozinho. O veloz e impetuoso Luís Suárez, dono de 35 gols na temporada passada atuando pelo Ajax, esteve infernal. Presente em quase todas as tramas ofensivas, ora pela direita, ora pela esquerda, Suárez deixou o sistema defensivo africano completamente louco. Os três gols celestes contaram com a participação da dupla. Primeiro, aos 24 minutos da 1ª etapa, Forlán acertou um belo chute de fora da área e encobriu o goleiro Khune. Goleiro este que, aos 31 minutos do 2º tempo, seria expulso depois de cometer o pênalti em Lúis Suárez que Forlán converteu. Para fechar o caixão dos comandados de Carlos Alberto Parreira e silenciar as vuvuzelas, Forlán encontrou Suárez dentro da área e este colocou a redonda com muito carinho na cabeça de Álvaro Pereira, que balançou o filó. Para finalizar, gostaria de elogiar dois jogadores uruguaios que foram impecáveis defensivamente. O incansável volante Arévalo e o imbatível zagueiro Godín merecem muitos aplausos. E amigos, convenhamos,os uruguaios relamente sabem estragar uma festa.
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MANDOU MAL!
- Depois de mostrar um bom futebol na abertura da Copa do Mundo, a África do Sul não teve sequer um ponto positivo no duelo contra o Uruguai. Inseguros defensivamente, sem nem ter idéia de como parar a dupla Forlán/Suárez, com um meio-de-campo que não protegia e muito menos produzia, além de uma nulidade ofensivamente falando, os donos da casa tiveram um dia para esquecer. Em minha opinião, o principal problema da atuação africana foi na meiúca. Dikgacoi não mostrou qualidade nos passes, Tshbalala não conseguiu puxar contra-ataques e Piennar não construiu sequer uma boa jogada. Sendo assim, restou à África do Sul buscar o gol no desespero, estratégia que não deu nada certa diante de um tranquilo e mortal Uruguai. Para a África do Sul se classificar, e não entrar para a história como o primeiro mandante que não avançou de fase, só mesmo um milagre.
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CONHECENDO MAIS DA COPA DO MUNDO...
- Ser o capitão de sua Seleção deve ser muito honroso para um jogador. O mais jovem a conseguir tal feito foi o goleiro americano Tony Meola, com 21 anos e 109 dias, no duelo contra a Tchecoslováquia pela Copa do Mundo de 1990. Já Diego Maradona é o jogador que mais vezes vestiu a braçadeira na história das Copas, com 16 jogos como capitão.
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