Olá amigos do FUTEBOLA!
Uruguai 2 x 1 Coréia do Sul
Estados Unidos 1 x 2 Gana
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MANDOU BEM!
- Apesar de fatores psicológicos, físicos e táticos ganharem cada vez mais importância no futebol, ainda é a técnica individual que mais decide as partidas. Logo com 8 minutos de jogo, o agora meia Forlán caiu pela esquerda do ataque uruguaio, cruzou a redonda na área, o goleiro sul-coreano Jung Sung-Ryong papou mosca e Luís Suarez abriu o placar. Com a vantagem, os uruguaios permaneceram mais de uma hora apenas se defendendo, já que não conseguiam emplacar um único contra-ataque. Atuando com uma linha de quatro defensores e três volantes que marcam muito bem, apesar de não possuírem muita qualidade com a redonda nos pés, o Uruguai se defendia com unhas e dentes do veloz e entrosado ataque sul-coreano. Como eu havia escrito aqui mesmo, após a vitória sobre o México, a “Celeste Olímpica” apresenta “uma defesa que se não é um primor de segurança também não é um queijo suiço”. Totalmente pressionado pelo ataque sul-coreano, o Uruguai aguentou até bastante tempo, porém sofreu o gol de empate aos 23 minutos da 2ª etapa. Lembram que eu comecei citando a importância da qualidade individual na decisão de resultados? Pois é, foi ela que salvou os uruguaios. Enquanto os sul-coreanos martelaram durante mais de um tempo com várias e diferentes jogadas ofensivas, bastou Luís Suarez receber duas bolas, em menos de 10 minutos, para marcar um golaço e dar a classificação aos uruguaios. Durante os 90 minutos de jogo, o recuado Uruguai criou apenas quatro boas chances de sacudir o filó, todas elas finalizadas por Luís Suarez que, iluminado do jeito que está, colocou duas no fundo do gol. A meu ver, depois de toda a fase de grupos e dois jogos das oitavas, Luís Suarez se apresenta como melhor atacante do Mundial.
- Comandados por Park Ji-Sung e Lee Chung-Yong, dois meias que tratam a pelota muito bem, e com o atacante Park Chu-Yong infernizando a retaguarda uruguaia desde o início do jogo, quando acertou uma cobrança de falta na trave aos 4 minutos do 1º tempo, a Coréia do Sul apresentou um bom poder ofensivo e não desistiu de buscar o empate em nenhum momento. E este trio não foi a única arma ofensiva sul-coreana, já que o volante Ki Sung-Yong apareceu bem no campo de ataque e nas bolas parardas e o lateral Cha Du-Ri sempre deu opção pelo flanco direito. Como escrevi acima, a Coréia do Sul mostrou um bom repertório ofensivo para ser a primeira equipe do Mundial a marcar um gol no Uruguai. Vale lembrar também que, na fase de grupos, os sul-coreanos foram os únicos a balançar as redes diante da Argentina. E mais! Tanto o gol marcado contra a Argentina, quanto o contra o Uruguai foram feitos pelo excelente Lee Chung-Yong. O treinador Huh Jung-Moo está de parabéns por ter conseguido fazer sua equipe realizar algo que muitas Seleções de renome não conseguiram no torneio: atacar com organização e qualidade. Em quatro partidas disputadas, contra Grécia, Argentina, Nigéria e Uruguai, a Coréia do Sul sacudiu o filó em todas elas. Volta pra casa de cabeça em pé.
- Ao terminar de assistir Gana x Estados Unidos, jogo vencido por Gana apenas na prorrogação, tive a impressão de ter visto um duelo entre duas equipes que possuem larga história na Copa do Mundo, tamanho o equilíbrio, qualidade tática e atenção envolvidos na partidas. Impressionante como tanto ganeses quanto americanos sabiam seus papéis em campo e o que fazer com a pelota nos pés, tornando o jogo, apesar de não ter sido recheado de emoções, muito tenso. Aposto que você já escutou a frase “quando os africanos tiverem consciência tática, serão muito mais fortes”. Pois é, a Seleção Ganesa é a prova de que a qualidade técnica africana pode sim ser misturada à mentalidade tática dos europeus. O treinador sérvio Milovan Rajevac, comandante de Gana, vem realizando um excelente trabalho tático. Desde a Copa da África, quando foi vice-campeã, Gana apresenta sempre o mesmo padrão de jogo, fazendo com que cada jogador conheça sua própria função. Logo aos 5 minutinhos de partida, o volante Boateng, que tem mais liberdade ofensiva que seu parceiro Annan, o outro volante, se utilizou disso para aproveitar a bobeada do americano Clark, arrancar para o contra-golpe e abrir o placar. Este gol também foi fruto da forte marcação realizada pelos ganeses um pouco a frente da linha central, com os meias mais ofensivos Ayew, Asamoah e Inkoon, nesta ordem da esquerda para a direita, participando muito do sistema defensivo e complicando a vida dos americanos. Somente a partir da segunda metade da 1ª etapa que o Estados Unidos conseguiu marcar presença efetiva no campo de ataque, com os meias Dempsey e Donovan, em minha opinião o ponto mais forte da equipe, aparecendo para o jogo. Chances de gols surgiram para ambos os lados, com Asamoah levando perigo pelo lado de Gana e Bradley e Findley desperdiçando duas tramas iniciadas pelo Dempsey. Na volta do intervalo, com Dempsey mais adiantado e a entrada do Feilhaber no lugar do Findley, o Estados Unidos partiu com tudo para o ataque, criando boas jogadas desde o primeiro minuto. Gana até assustou o goleiro Howard com o centroavante Gyan, porém foram os americanos que marcaram com Donovan, aos 16 minutos, em cobrança de penalidade sofrida por Dempsey. Daí até o final do tempo regulamentar, o equilíbrio continuou reinando, mas com o Estados Unidos sendo um pouco mais efetivo nas ações ofensivas, como mostram as oportunidades perdidas por Bradley e Altidore, aos 30 e 35 minutos, respectivamente. Tamanho equilíbrio só poderia mesmo resultar em prorrogação. E foi logo aos três minutos do tempo extra que o jogador mais decisivo de Gana apareceu. Autor do gol na vitória sobre a Sérvia e no empate contra a Austrália, o atacante Gyan pode colocar mais um importantíssimo gol na sua lista. Mostrando toda sua força física, ao se chocar com o capitão americano Bocanegra e permanecer de pé, e poder de finalização, ao arrematar de maneira perfeita, Gyan sacudiu o barbante e colocou Gana na frente. Com todo respeito ao francês Rennes, clube de Gyan, mas um clube de maior força é o caminho natural para este excelente jogador. Como era de se esperar, o Estados Unidos, que buscou empates contra Inglaterra e Eslovênia e a vitória contra Argélia aos 46 minutos do 2º tempo, não desistiu do jogo. Se lançou à frente em busca do empate e, mesmo no limite de sua força física, pressionou Gana e teve chances de igualar o marcador com Bocanegra, Gomez e Dempsey. Porém, o apito final colocou Gana como a terceira Seleção Africana a atingir a fase quartas-de-final de um Mundial – as outras foram Camarões (1990) e Senegal (2002). A meu ver, o duelo entre ganeses e uruguaios será, também, muitíssimo equilibrado. Lá vem mais jogão por aí!
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MANDOU MAL!
- Tanto a Coréia do Sul, contra o Uruguai, como o Estados Unidos, diante de Gana, sofreram com falhas individuais que foram fatores relevantes para suas respectivas eliminações. O relógio marcava 8 minutos da 1ª etapa quando o uruguaio Forlán chegou a linha de fundo, pela esquerda, e deu um fraco cruzamento para a área. A pelota passou por toda a defesa sul-coreana, com a bobeada maior sendo do goleiro Jung Sung-Ryong, e chegou aos pés de Luís Suarez que estava livre, leve e solto para a brir o placar. Já no duelo entre Gana e Estados Unidos, a bobeira ocorreu ainda mais cedo. Aos 5 minutinhos de jogo, o volante americano Clark errou feio na saída de bola e Boateng aproveitou para colocar Gana na frente. Devido à estas falhas individuais, Coréia do Sul e Estados Unidos precisaram atuar em boa parte dos seus jogos com o peso de estarem atrás do placar, o que, convenhamos, faz as pernas dos jogadores pesarem bem mais.
- Não me agradou nem um pouco a postura adotada pelo Uruguai após abrir o placar diante da Coréia do Sul. Totalmente recuado, com o pensamento de apenas se defender, os uruguaios não incomodavam a Coréia do Sul e permitiam que o oponente se postasse integralmente no campo de ataque. Mesmo apresentando certa qualidade defensiva, o Uruguai chamou tanto a Coréia do Sul para o jogo que acabou sofrendo o empate. Como Luís Suarez está voando baixo na Copa do Mundo, a “Celeste Olímpica” conseguiu voltar ao jogo e conquistar a vitória. Porém, esta excessiva atitude defensiva pode complicar, e muito, a vida dos uruguaios nos próximos jogos.
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CONHECENDO MAIS DA COPA DO MUNDO...
- Na Copa do Mundo de 1954, o atacante húngaro Sandor Kocsis marcou três gols na estréia diante da Coréia do Sul e quatro na partida seguinte, contra a Alemanha. No Mundial de 1970, o alemão Gerd Müller balançou as redes três vezes contra a Bulgária e o Peru, em partidas sucessivas. Sandor Kocsis e Gerd Müller, por estes feitos, são os únicos dois jogadores que conseguiram marcar três ou mais gols em duas partidas seguidas de Copa do Mundo.
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