segunda-feira, 7 de junho de 2010

CAMPEONATO BRASILEIRO - 7ª RODADA

Avaí 0 x 3 Fluminense

Flamengo 1 x 2 Goiás

Vitória 1 x 0 Atlético-PR

São Paulo 3 x 1 Grêmio

Santos 4 x 0 Vasco

Botafogo 2 x 2 Corinthians

Atlético-MG 0 x 1 Ceará

Internacional 1 x 1 Palmeiras

Guarani 1 x 0 Grêmio Prudente

Atlético-GO 2 x 1 Cruzeiro

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Olá amigos do FUTEBOLA!

Santos 4 x 0 Vasco – Vila Belmiro, Santos (SP)

Mesmo atuando sem Robinho (na Seleção Brasileira), Neymar (suspenso)e Arouca (machucado), o Santos triturou o Vasco e conseguiu o objetivo de passar a parada do Mundial no G4.

Em minha opinião, mais até do que a organização tática de uma equipe, é a consciência do time que define a postura apresentada em campo. Um time com três atacantes não será sinônimo de poder ofensivo se seus componentes possuírem uma consciência defensiva. Um exemplo perfeito é a recém-campeã européia Internazionale. Sneijder, Pandev, Milito e Eto’o formavam o quarteto ofensivo da equipe italiana, que se preocupava principalmente em defender e transformava seus avantes em marcadores. Estou falando de consciência pois considero este o principal problema do time do Vasco. No clássico contra o Botafogo, na 5ª rodada, no Engenhão, percebia-se que o Vasco estava satisfeito com o empate em 1 x 1. Porém, a mentalidade de time pequeno que este atual time do Vasco apresenta nunca foi tão evidente como neste duelo contra o Santos. É sabido, pelos que acompanham futebol, que o sistema defensivo do Santos está longe de ser seguro e, logo nos primeiros minutos do jogo, Philippe Coutinho quase abriu o placar para o Vasco. O Cruzmaltino poderia fazer um jogo aberto contra o Peixe, para explorar a fragilidade defensiva do adversário, porém não foi o que ocorreu. Com aproximadamente 20 minutos da 1ª etapa, o goleiro Fernando Prass já fazia cera, mostrando que o empate alegrava o Vasco. Isso em uma partida onde o Santos não estava nem um pouco bem. Com Ganso e Marquinhos bem marcados e Wesley sumido do setor ofensivo, o centroavante André nem aparecia em campo. Entretanto, com 3 minutos de bom futebol, o Santos abriu o placar. Primeiro Mádson encontrou André que carimbou a trave. Depois, André e Léo quase marcaram em um mesmo lance. Foi aí que ocorreu aquele que para mim foi o lance símbolo do atual Vasco. Fernando Prass tinha a bola em suas mãos e nenhuma jogada de contra-ataque pronta para realizar, mostrando a postura da equipe. Acreditando estar sozinho em sua área, o goleiro jogou a pelota no chão para ganhar mais tempo, pois a redonda só pode ficar 6 segundos em sua mão. Porém, o santista Léo lhe fazia companhia, roubou a bola e sofreu pênalti, que André converteu e inaugurou o marcador. Falha individual do Fernando? Óbvio. Porém, também foi um gol sofrido por total falta de atitude ofensiva da equipe, que não é nem capaz de se posicionar para um contra-ataque puxado pelo goleiro, e pela mentalidade de que o empate era satisfatório.

Após o intervalo, o que se viu foi um massacre. O Santos criou sete claríssimas oportunidades de sacudir o barbante, convertendo três delas, com Maranhão, novamente André e Mádson. Enquanto isso, o Vasco foi incapaz de realizar sequer uma trama ofensiva com sucesso. Buscando melhorar o rendimento ofensivo da equipe cruzmaltina, o treinador Celso Roth ainda substituiu P. Coutinho e Jeferson, os dois únicos capazes de acertar um passe preciso. Entraram Magno e Fumagalli, que ainda conseguiu ser expulso. Quando o placar apontava 3 x 0, Roth deu ordens para Léo Gago entrar em campo e evitar que o time de sofresse mais gols, mas antes mesmo da entrada do volante Mádson fechou o caixão. Na belíssima 2ª etapa realizada pelo Santos, gostaria de destacar o André, que vem se mostrando um centroavante com muitos atributos, e o baixinho Mádson, que deixou a defesa do Vasco perdida.

O Roberto Dinamite precisa urgentemente contratar reforços e colocar na cabeça de Celso Roth e dos jogadores que o Vasco é maior do que uma equipe que, em campeonato de pontos corridos, faz cera com um 0 x 0 no 1º tempo.

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TRÊS TOQUES

- Como tem jogado bola o Fluzão do Muricy Ramalho. Os laterais Mariano e Carlinhos estão voando, Conca voltou a mostrar um futebol diferenciado e Fred prova que quem sabe fazer gols não esquece. Contra o Avaí, lá na Ressacada, foi um show de bola. Muita organização tática, segurança defensiva e poder ofensivo. E por mais estranho que pareça, acredito que a parada de um mês será benéfica para o Tricolor, pois o trabalho do Muricy evoluirá e reforços chegarão com tempo para treinar.

- Jogando no Engenhão, o Fogão vencia o líder Corinthians por 2 x 1 e permitiu o empate nos acréscimos. Nada mais propício do que repetir a frase que escrevi aqui mesmo, na rodada passada quando o Botafogo abriu 2 x 0 e permitiu a virada do Atlético Paranaense: “em campeonatos de pontos corridos, pontos perdidos não voltam mais”.

- Fazendo um paralelo com a Fórmula 1, acredito que estas sete primeiras rodadas do Brasileirão foram como um treino para definir o grid de largada. No Grande Prêmio Brasileirão 2010, que ocorrerá após a Copa do Mundo na África, o Corinthians larga na pole, mas terá que correr muito para superar seus rivais, sendo, na minha opinião, Fluminense e São Paulo os principais adversários do Timão. Porém, é fato dizer que nada ainda está vencido e muito menos perdido.

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