Holanda 2 x 1 Eslováquia
Nada de surpresas! Depois de conquistar três vitórias na fase de grupos, a Holanda bateu a Eslováquia, algoz da Itália na histórica eliminação da “Azzurra”, e se classificou para as quartas-de-final.
Apenas um minutinho após o apito inicial a Eslováquia já assustou o goleiro Stakelenburg com uma boa jogada do Weiss que Jendrisek completou com um balaço de fora da área. Vale aqui ressaltar a escalação ofensiva com a qual os eslovacos iniciaram a partida. Uma única alteração foi realizada nos 11 titulares que haviam começado o duelo contra a Itália: a entrada do habilidoso meia ofensivo Weiss no lugar do volante Strba. Isso mesmo, taticamente a equipe se apresentava mais ofensiva do que no jogo que lhe rendeu a classificação às oitavas. Porém, o 1º tempo mostrou que, apesar da aparente ofensividade, a Eslováquia não possui o mesmo poder que os holandeses. Bastaram 17 minutos para a Holanda mostrar a força de seu quarteto ofensivo. Kuyt, van Persie, Sneijer e Robben, que estreava como titular, infernizaram o sistema defensivo rival.Depois de ter criado duas boas oportunidades, com van Persie e Sneijer assustando o goleiro Mucha, a Holanda conseguiu marcar seu gol em um contra-golpe sensacional. Na primeira das vezes que a Eslováquia se mandou ao ataque com mais ênfase, o espaço deixado no sistema defensivo foi aproveitado com maestria quando Sneijder acertou um perfeito lançamento para Robben realizar sua jogada preferida: a arrancada pela direita com o corte para dentro e o veloz arremate. O Robben está jogando um futebol de tão alto nível que já chegou naquele ponto em que todos sabem o que ele vai fazer, mas ninguém consegue evitar.
Após abrir o marcador, a Seleção Holandesa apresentou o seu lado que eu não gosto. O recuo excessivo buscando apenas os contra-golpes. Assim como no duelo diante do Japão, na 1ª fase, quando fez 1 x 0 e ficou mais de 30 minutos apenas em seu campo defensivo, a Holanda permaneceu todo o restante do 1º tempo sem ameaçar novamente a Eslováquia. Mostrando que o futebol realmente não tem lógica, a Holanda voltou para a 2ª etapa com outra atitude, buscando decidir o jogo, e em menos de 15 minutos quase ampliou a vantagem com Robben em outra de suas jogadas especiais, com o zagueiro Mathijsen em uma perigosa cabeçada e com van Persie. “Pronto, agora a Eslováquia não resiste à pressão holandesa” – pensei após estas três oportunidades. Porém, o ilógico voltou a aparecer e de repente, sem nenhum aviso prévio, a Eslováquia transformou o goleiro Stakelenburg em um dos grandes nomes da partida. Em um chute longo do bom volante Kucka, uma linda jogada de Stoch pela esquerda e um arremate do atacante Vittek quase da marca do pênalti, Stakelenburg realizou três defesas sensacionais. Sem dúvidas alguma o jogo voltou do intervalo muito mais emocionante e permaneceu indefinido até os minutos finais. Somente aos 38, em uma bobeada da defesa eslovaca, que preferiu reclamar de uma marcação da arbitragem do que prestar a atenção no jogo, van Bronckhorst cobrou falta rápido, Kuyt chapelou o goleiro de cabeça e tocou para Sneijder que só teve o trabalho de empurrar pro fundo do gol. Este gol matou as esperanças da Eslováquia, que ainda conseguiu sacudir o filó com o artilheiro Vittek, aos 48 minutos, mas já era tarde demais.
Com Kuyt, Sneijder, Robben e van Persie, seu “Quarteto Fantástico”, e boas opções na reserva, como o Elia, que novamente entrou bem no jogo, e van der Vaart, a Holanda é, sem nenhuma dúvida, uma das melhores Seleções do Mundial. Se o Brasil bobear diante do Chile (bate na madeira – toc toc toc), a “Laranja Mecânica” tem tudo para chegar em sua terceira final de Copa do Mundo e, quem sabe, acabar com a fama de fracassar nas horas decisivas.
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CONHECENDO MAIS DA COPA DO MUNDO...
- Vejam que curioso: a Suiça é a Seleção que possui o recorde de mais partidas consecutivas sofrendo ao menos um gol e o recorde de mais minutos consecutivos sem sofrer gols. Entre 1934 e 1994, a Suiça sofreu ao menos um golzinho em 22 partidas seguidas. Porém, se contarmos o próprio Mundial de 1994, o de 2002 e o de 2006, a Suiça passou 559 minutos consecutivos sem buscar a redonda no fundo das redes.
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