Boca Juniors 1 x 0 Fluminense – La Bombonera, Buenos Aires
(ARG)
Fluminense joga uma hora inteira com um homem a menos e perde
para o Boca pelo placar mínimo. Dos males o menor.
Clube mais temido do futebol sul-americano nas últimas duas
décadas, o Boca Juniors foi para o jogo organizado pelo treinador Julio
Falcioni no 4-3-1-2 com: Orion; Roncaglia, Schiavi, Insaurralde e Rodríguez;
Rivero, Erbes e Erviti; Riquelme; Mouche e Cvitanich. Com cinco desfalques em
relação à equipe que saiu vitoriosa da última passagem por La Bombonera, o
Fluminense foi esquematizado pelo Abel Braga no 4-3-2-1 com: Diego Cavalieri;
Bruno, Gum, Anderson e Carlinhos; Jean, Edinho e Wagner; Rafael Sóbis e Thiago
Neves; Rafael Moura.
O Tricolor começou o clássico – sim, Flu versus Boca já é um clássico
sul-americano – com muita autoridade ofensiva e sem se intimidar com a pulsante
Bombonera. Fez seu torcedor arredondar a boca para gritar gol com Jean, Rafael
Moura, atrasado por milímetros e segundos, e Thiago Neves. Aí, quando tudo
parecia as mil maravilhas para o Flu, o Boca Juniors começou a mostrar sua
força. Com Riquelme na distribuição de passes, o lateral-direito Roncaglia
presente no campo ofensivo e os atacantes Mouche e Cvitanich cheios de
movimentação, os argentinos começaram a encontrar as falhas não tão raras na
retaguarda tricolor. E como se enfrentar o Boca na Bombonera não fosse difícil
o suficiente, o lateral-esquerdo Carlinhos cometeu sua segunda infração
infantil e, aos 34 minutos, recebeu o cartão vermelho. Ato contínuo a pressão auri-anil
aumentou e Cavalieri fechou o 1º tempo como melhor homem em campo.
Veio a 2ª etapa e com apenas cinco minutinhos o Boca já conseguia
o desejado gol através da boa dupla Cvitanich/Mouche, passe do primeiro e
perfeita finalização do segundo. A torcida xeneize se empolgou ainda mais e
tudo indicava que o time do coração de Diego Maradona partiria para decidir sua
classificação para a fase semi final com um placar elástico. Não foi o que
ocorreu. Apesar de continuar com raízes fincadas no campo de ataque, o Boca não
mostrou força para superar os 10 aguerridos tricolores – com destaque para o
zagueiro Anderson, em sua melhor partida pelo Flu – e criou apenas esporádicas
chances. Na melhor delas, Cavalieri realizou defesa milagrosa em arremate à
queima-roupa do Schiavi. Falando em Schiavi, como foi sujo o zagueiro neste
duelo. Até com a mão ele bateu. Diante do menor ritmo imprimido pelos donos da
casa a partir do minuto 20, o Fluminense arriscou alguns contra-ataques e, como
a defesa do Boca não é lá estas coisas, até criou algum agito, sem, contudo,
chegar à igualdade no placar.
O apito final trouxe um certo alívio aos tricolores pelo que
poderia ter se transformado a partida após a expulsão do Carlinhos. A derrota
por apenas um gol deixa o confronto em aberto. O Boca tem a vantagem do empate.
O Flu o apoio de sua torcida. Será mais uma batalha!
Nenhum comentário:
Postar um comentário