Fluminense 1 x 1 Boca Juniors – Engenhão, Rio de Janeiro (RJ)
Em briga de cachorro gigante, Boca Juniors chega ao gol de
empate no apagar das luzes e põe fim ao sonho do Fluminense de conquistar sua
primeira Libertadores.
Ainda sem contar com seus líderes técnicos, Deco e Fred, o
Fluminense foi para o jogo mais importante do ano, até o momento, escalado pelo
Abel Braga no 4-2-3-1 com: Diego Cavalieri; Bruno, Gum, Anderson e Thiago
Carleto; Jean e Edinho; Thiago Neves, Wagner e Rafael Sóbis; Rafael Moura. Com
apenas uma alteração em relação à vitória na Bombonera – o raçudo Santiago
Silva voltou ao ataque – Julio Falcioni organizou o Boca Juniors no 4-3-1-2
com: Orión; Roncaglia, Schiavi, Insaurralde e Rodríguez; Rivero, Erbes e
Erviti; Riquelme; Cvitanich e Santiago Silva.
O Fluzão fez um primeiro tempo de manual. Tranquilo, sem sair
em busca do gol como crianças atrás de doces de Cosme e Damião e muito bem
posicionado taticamente. Individualmente, Gum e Anderson tiveram 45 minutos impecáveis
e não deixaram Santiago Silva e Cvitanich sequer se apresentarem à redonda,
Edinho foi um verdadeiro leão e tomou conta do espaço onde Riquelme teria a
missão de iniciar as tramas ofensivas de sua equipe e Bruno foi presença
constante no flanco direito. O nome do 1º tempo, contudo, foi Thiago Carleto,
bem na marcação, no apoio e autor do arremate que, após desvio na barreira, foi
morrer no fundo do filó e fez a galera tricolor explodir de alegria. Este gol,
aos 16 minutos, foi essencial para o Flu, apesar do pouco ímpeto ofensivo,
manter a postura serena e superior aos argentinos durante toda a etapa.
Após o intervalo, o Boca voltou com um mais espaço para jogar
e começou a alçar bolas na área tricolor. Não era nada assustador, porém já era
bem mais do que os argentinos haviam conseguido no tempo inicial. Mesmo menos
senhor do jogo foi o Fluminense que criou a melhor trama ofensiva dos primeiros
minutos, uma falha finalização do Rafael Sóbis após cruzamento de Thiago Neves,
aos 15. O ponteiro girava, os treinadores realizavam substituições em seus
ataques, o fim se aproximava e o jogo não pegava fogo. O Flu não se arriscava
em busca do gol que garantiria a classificação sem a necessidade dos pênaltis nem
conseguia manter o Boca longe de sua área, como fizera nos primeiros 45
minutos. E deixar os Xeneizes se sentirem mais a vontade foi o grande erro
tricolor. Com mais liberdade, Riquelme encontrou Rivero pela meiúca e, após o
arremate do volante acertar a trave, o inquieto Santiago Silva deu a
classificação ao Aurianil de Buenos Aires.
O que faltou ao Fluminense para o triunfo? Não foram
seriedade e vontade, mas, sim, poder ofensivo. Seria utopia acreditar que Deco,
Fred e Wellington Nem (que só atuou 16 dos 180 minutos) não iriam fazer falta.
Porém, depois de ter saído na frente do placar, o Flu poderia ter sido mais
agressivo. Mais intimidador. Mostrar mais cara de quem tinha tudo para ser Campeão.
ENQUANTO ISSO, NO PACAEMBU...
- O equilíbrio do Engenhão foi repetido no clássico nacional
entre Corinthians e Vasco, dois times do mais alto nível, não à toa os dois primeiros
do último Brasileiro. Até o juiz apitar pela última vez era impossível definir
o classificado. O gol que Diego Souza perdeu, aos 17 minutos da 2ª etapa, vai
martelar sua cuca por um bom tempo. E o que o volante Paulinho marcou, aos 42,
também não saíra de sua memória. Mas por outro motivo.
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