sábado, 2 de março de 2013

CAMPEONATO CARIOCA 2013 - TAÇA GUANABARA - SEMIFINAL - VASCO X FLUMINENSE


Vasco 3 x 2 Fluminense – Engenhão, Rio de Janeiro (RJ)

De deixar o coração a bater na boca! Vasco vence Fluminense em clássico de duas viradas e incontáveis falhas defensivas e se garante na decisão da Taça Guanabara.

Sem conquistar a Taça GB desde 2003, o Vasco entrou em campo para o decisivo duelo com a vantagem do empate e organizado pelo treinador Gaúcho no 4-3-2-1 com: Alessandro; Nei, Dedé, Renato Silva e Thiago Feltri; Abuda, Pedro Ken e Wendel; Eder Luis e Bernardo; Carlos Alberto. Na busca pelo Bi da Taça Guanabara, inédito em sua história, o Fluzão foi escalado pelo Abel Braga no 4-3-2-1 com: Diego Cavalieri; Bruno, Gum, Anderson e Carlinhos; Edinho, Jean e Deco; Thiago Neves e Wellington Nem; Fred.

Antes de o ponteiro do relógio marcar 10 minutos, Thiago Neves já acertara o poste e Anderson desperdiçado uma oportunidade quase sobre a linha fatal. Tudo dava a entender que o Fluminense iria impor um ritmo intenso e deixaria o Vasco acuado, a se segurar ferrenhamente na possibilidade do empate. Não foi assim. O Tricolor logo perdeu a profundidade, deixou de ser agudo e ficou apenas de tico-tico no entorno da área cruz-maltina. O Vasco, por sua vez, foi incapaz de, como diriam os antigos, colocar o “couro na grama”. Quanto bicão pra frente. Quanto bumba-meu-boi. Abre parêntese. O zagueiro vascaíno Dedé precisa encontrar um meio termo. Ora quer justificar o apelido dado por sua torcida de “Dedeckembauer” e acaba por pecar por preciosismo, ora confunde seriedade com desespero e exagera nos chutões. Oito ou oitenta. Fecha parêntese.

O contra-ataque que o Vasco esperou e não conseguiu criar durante toda a etapa inicial surgiu aos 9 minutos do 2º tempo. Eram quatro vascaínos contra dois tricolores, mas o final foi um chute fraco do Bernardo. Para quem necessitava da vitória, faltava poder ao Flu. Abel, que já trocara Bruno por Wellington Silva, no intervalo, tirou o cansado Deco e lançou mão de Wágner. Mas não foram as escolhas do Abelão que mudaram o jogo, e sim as falhas em sequência de ambas as retaguardas. Quando Gum paçocou feio e Eder Luis encontrou Bernardo para fazer Vasco uma a zero, parecia que a vaca tricolor tinha ido para o brejo. Aí, em menos de três minutos, o miolo da defesa vascaína – a pior do torneio em números – deixou Thiago Neves e Wellington Nem virarem o placar. Era a vaca vascaína que mudava de rumo.

O torcedor branco, verde e grená ainda pulava de alegria quando Dakson cruzou e Romário, de cabeça, igualou tudo. Ambos haviam acabado de pisar no gramado. Era o empate que o Vasco precisava. Empate que virou vitória em nova bola cruzada, desta vez completada por Dedé. Nova virada relâmpago. Novas falhas defensivas imperdoáveis. E assim, no show de horrores das retaguardas e pura emoção nas arquibancadas, melhor para o Vasco, o primeiro finalista da Taça GB.

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