Vasco 3 x 2 Fluminense – Engenhão, Rio de Janeiro (RJ)
De deixar o coração a bater na boca! Vasco vence Fluminense
em clássico de duas viradas e incontáveis falhas defensivas e se garante na
decisão da Taça Guanabara.
Sem conquistar a Taça GB desde 2003, o Vasco entrou em campo
para o decisivo duelo com a vantagem do empate e organizado pelo treinador
Gaúcho no 4-3-2-1 com: Alessandro; Nei, Dedé, Renato Silva e Thiago Feltri;
Abuda, Pedro Ken e Wendel; Eder Luis e Bernardo; Carlos Alberto. Na busca pelo
Bi da Taça Guanabara, inédito em sua história, o Fluzão foi escalado pelo Abel
Braga no 4-3-2-1 com: Diego Cavalieri; Bruno, Gum, Anderson e Carlinhos;
Edinho, Jean e Deco; Thiago Neves e Wellington Nem; Fred.
Antes de o ponteiro do relógio marcar 10 minutos, Thiago
Neves já acertara o poste e Anderson desperdiçado uma oportunidade quase sobre
a linha fatal. Tudo dava a entender que o Fluminense iria impor um ritmo
intenso e deixaria o Vasco acuado, a se segurar ferrenhamente na possibilidade
do empate. Não foi assim. O Tricolor logo perdeu a profundidade, deixou de ser
agudo e ficou apenas de tico-tico no entorno da área cruz-maltina. O Vasco, por
sua vez, foi incapaz de, como diriam os antigos, colocar o “couro na grama”. Quanto
bicão pra frente. Quanto bumba-meu-boi. Abre parêntese. O zagueiro vascaíno Dedé
precisa encontrar um meio termo. Ora quer justificar o apelido dado por sua
torcida de “Dedeckembauer” e acaba por pecar por preciosismo, ora confunde
seriedade com desespero e exagera nos chutões. Oito ou oitenta. Fecha parêntese.
O contra-ataque que o Vasco esperou e não conseguiu criar
durante toda a etapa inicial surgiu aos 9 minutos do 2º tempo. Eram quatro
vascaínos contra dois tricolores, mas o final foi um chute fraco do Bernardo. Para
quem necessitava da vitória, faltava poder ao Flu. Abel, que já trocara Bruno
por Wellington Silva, no intervalo, tirou o cansado Deco e lançou mão de
Wágner. Mas não foram as escolhas do Abelão que mudaram o jogo, e sim as falhas
em sequência de ambas as retaguardas. Quando Gum paçocou feio e Eder Luis
encontrou Bernardo para fazer Vasco uma a zero, parecia que a vaca tricolor
tinha ido para o brejo. Aí, em menos de três minutos, o miolo da defesa
vascaína – a pior do torneio em números – deixou Thiago Neves e Wellington Nem virarem
o placar. Era a vaca vascaína que mudava de rumo.
O torcedor branco, verde e grená ainda pulava de alegria
quando Dakson cruzou e Romário, de cabeça, igualou tudo. Ambos haviam acabado
de pisar no gramado. Era o empate que o Vasco precisava. Empate que virou
vitória em nova bola cruzada, desta vez completada por Dedé. Nova virada
relâmpago. Novas falhas defensivas imperdoáveis. E assim, no show de horrores
das retaguardas e pura emoção nas arquibancadas, melhor para o Vasco, o
primeiro finalista da Taça GB.
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