Fluminense 1 x 1 Huachipato (Chile) – Engenhão, Rio de
Janeiro (RJ)
Fluminense perde uma dezena de chances de gols, não passa de
um empate contra o Huachipato e deixa escapar grande oportunidade de encaminhar
sua classificação para a fase mata-mata da Libertadores.
A vitória em casa se colocava com essencial para o Fluminense
passar o próximo mês em situação confortável na Libertadores. Para isto, Abel
Braga lançou mão do esquema 4-3-2-1 com: Diego Cavalieri; Bruno, Gum, Digão e
Carlinhos; Edinho, Jean e Deco; Wellington Nem e Thiago Neves; Fred. Pelo lado
do Huachipato, a surpreendente vitória sobre o Grêmio na estreia do torneio já
ficara apagada pelas duas derrotas seguidas como mandante. Assim, na busca por
se manter vivo no grupo 8, Jorge Pellicier organizou seu time no 3-4-2-1 com:
Veloso; Labrín, Muñoz e Aceval; Nuñez, Reyes, Yedro e Crovetto; Martin
Rodriguez e Falcone; Braian Rodríguez.
Por mais surreal que possa parecer a afirmação a seguir, mal
o juiz apitara e o gol do Fluminense já estava maduro. Com Deco livre, Thiago
Neves ligadíssimo, Fred inspirado e Jean a encontrar os espaços, o Fluminense
atacou de tudo quanto é maneira na primeira meia hora do duelo. Pela esquerda,
direita e meio. Pelo alto e por baixo. Em arremates de perto e de longe.
Enquanto o Huachipato – com três zagueiros, dos laterais e dois volantes – provava
que uma boa defesa exige muito mais do que aglomerar jogadores em seu campo, o
goleiro Veloso fazia das tripas coração para manter o placar mudo. Porém, o
próprio Veloso seria responsável por uma paçocada digna do seriado Chaves que
acabaria por resultar em pênalti cometido sobre o Deco e convertido pelo Fred
aos 30 minutos.
O pé no freio após o intervalo não impediu o Flu de continuar
a criar – e perder – oportunidades de gols, mas deixou os chilenos colocarem as
manguinhas de fora e fez com que o Diego Cavalieri começasse a aparecer na
televisão, fato raro na etapa inicial. Já organizado com quatro zagueiros e
três volantes, após a entrada do lateral Contreras no intervalo, o Huachipato mostrou
leve evolução, que, contudo, foi suficiente para Nuñez pegar rebote de linda
jogada do Arrue dentro da área e igualar o marcador. Tricolores no gramado, na
arquibancada, em poltronas e cadeiras de bares sentiram o peso da dezena
chances desperdiçadas. O relógio apontava 25 minutos, e Carlinhos e Thiago Neves,
ambos em boa jornada, tentaram correr atrás dos gols perdidos pelo time,
principalmente no 1º tempo. Todavia, nem o Veloso voltaria a bobear, nem as
reder chilenas a balançar.
O resultado tanto poderia ter sido melhor para o Flu, pelos
diversos gols que não marcou, como poderia ter sido pior, caso Cavalieri não
defendesse milagrosamente o arremate do Braian Rodríguez, já no fechar das
cortinas. No fim, o que fica é a velha máxima de que a justiça no futebol é a
justiça dos gols.
Nenhum comentário:
Postar um comentário