Flamengo 0 x 2 Botafogo – Engenhão, Rio de Janeiro (RJ)
Fogão ignora campanha invicta do Flamengo e com gols no
primeiro e último minutos do clássico conquista vaga na decisão da Taça
Guanabara.
Dono da melhor campanha da fase de grupos da Taça Guanabara,
com 22 pontos conquistados em 24 possíveis, o Flamengo foi a campo organizado
pelo Dorival Júnior no 4-3-3 com: Felipe; Léo Moura, Wallace, González e João
Paulo; Cáceres, Elias e Ibson; Rafinha, Carlos Eduardo e Hernane. Pelo lado
alvinegro, ao qual só interessava a vitória, Oswaldo de Oliveira manteve o já
rotineiro 4-2-3-1 e escalou o Botafogo com: Jefferson; Lucas, Bolívar, Dória e
Julio Cesar; Marcelo Mattos e Fellype Gabriel; Andrezinho, Seedorf e Lodeiro;
Rafael Marques.
Há cerca de duas semanas, desde que confirmou a melhor
campanha da fase de grupos, o Flamengo se prepara para entrar na semifinal com
a vantagem do empate. Na cabeça de cada jogador rubro-negro pipocavam as
estratégias de saber se defender sem recuar excessivamente, explorar a
velocidade dos contra-ataques, aproveitar os espaços que o adversário poderia
deixar em caso de desespero. Mas no futebol tudo muda muito rápido. Algumas
vezes, basta apenas um lance para desestruturar dias de treino e horas de
preleção. E foi justamente o que ocorreu quando o lateral alvinegro Julio Cesar
avançou pela esquerda, passou por González e Wallace, e abriu o placar para o Fogão.
O ponteiro dos minutos nem completara a primeira volta e o Flamengo já se via
diante de um cenário completamente novo. Deveria sair para atacar, buscar
opções, criar sem espaços.
Durante toda a etapa inicial não conseguiu, e o Botafogo, mesmo
cauteloso como pobre ao investir na bolsa de valores, não teve problemas para
segurar uma vantagem que veio mais cedo do que esperava. Dorival sabia que o
Flamengo precisava mudar, e voltou com Renato e Rodolfo nos lugares de Elias e
Carlos Eduardo. Pouco a pouco, o Fla ganhou terreno, avançou o time e, nas
bolas alçadas por João Paulo, começou a transformar Jefferson no melhor homem
em campo. Também vieram chutes de longe, como o do Gabriel, e de perto, como o do
Ibson, mas Jefferson estava intransponível. O Botafogo, acuado, exagerava nas
bolas rifadas e, perigosamente, deixava o jogo ser jogado somente em seu campo.
Com 10 minutos por disputar, Oswaldo lançou mão do garoto Vitinho, substituição
que mudou por completo o panorama do clássico.
Antes a ignorar a palavra “ataque”, o Bota começou a escapar
em velocidade e descobrir chances de gols em profusão. Criou – e desperdiçou – uma,
duas, três, quatro, cinco, seis “bolas do jogo”, até que, nos acréscimos,
Vitinho, sem goleiro, já que Felipe tentara um gol salvador, fechou o caixão rubro-negro.
Mais um jogão no Campeonato Carioca. Mais um Alvinegro na decisão. Agora é “Gigante
da Colina” contra “Glorioso”. Que venha mais emoção!
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