domingo, 3 de março de 2013

CAMPEONATO CARIOCA 2013 - TAÇA GUANABARA - SEMIFINAL - FLAMENGO X BOTAFOGO


Flamengo 0 x 2 Botafogo – Engenhão, Rio de Janeiro (RJ)

Fogão ignora campanha invicta do Flamengo e com gols no primeiro e último minutos do clássico conquista vaga na decisão da Taça Guanabara.

Dono da melhor campanha da fase de grupos da Taça Guanabara, com 22 pontos conquistados em 24 possíveis, o Flamengo foi a campo organizado pelo Dorival Júnior no 4-3-3 com: Felipe; Léo Moura, Wallace, González e João Paulo; Cáceres, Elias e Ibson; Rafinha, Carlos Eduardo e Hernane. Pelo lado alvinegro, ao qual só interessava a vitória, Oswaldo de Oliveira manteve o já rotineiro 4-2-3-1 e escalou o Botafogo com: Jefferson; Lucas, Bolívar, Dória e Julio Cesar; Marcelo Mattos e Fellype Gabriel; Andrezinho, Seedorf e Lodeiro; Rafael Marques.

Há cerca de duas semanas, desde que confirmou a melhor campanha da fase de grupos, o Flamengo se prepara para entrar na semifinal com a vantagem do empate. Na cabeça de cada jogador rubro-negro pipocavam as estratégias de saber se defender sem recuar excessivamente, explorar a velocidade dos contra-ataques, aproveitar os espaços que o adversário poderia deixar em caso de desespero. Mas no futebol tudo muda muito rápido. Algumas vezes, basta apenas um lance para desestruturar dias de treino e horas de preleção. E foi justamente o que ocorreu quando o lateral alvinegro Julio Cesar avançou pela esquerda, passou por González e Wallace, e abriu o placar para o Fogão. O ponteiro dos minutos nem completara a primeira volta e o Flamengo já se via diante de um cenário completamente novo. Deveria sair para atacar, buscar opções, criar sem espaços.

Durante toda a etapa inicial não conseguiu, e o Botafogo, mesmo cauteloso como pobre ao investir na bolsa de valores, não teve problemas para segurar uma vantagem que veio mais cedo do que esperava. Dorival sabia que o Flamengo precisava mudar, e voltou com Renato e Rodolfo nos lugares de Elias e Carlos Eduardo. Pouco a pouco, o Fla ganhou terreno, avançou o time e, nas bolas alçadas por João Paulo, começou a transformar Jefferson no melhor homem em campo. Também vieram chutes de longe, como o do Gabriel, e de perto, como o do Ibson, mas Jefferson estava intransponível. O Botafogo, acuado, exagerava nas bolas rifadas e, perigosamente, deixava o jogo ser jogado somente em seu campo. Com 10 minutos por disputar, Oswaldo lançou mão do garoto Vitinho, substituição que mudou por completo o panorama do clássico.

Antes a ignorar a palavra “ataque”, o Bota começou a escapar em velocidade e descobrir chances de gols em profusão. Criou – e desperdiçou – uma, duas, três, quatro, cinco, seis “bolas do jogo”, até que, nos acréscimos, Vitinho, sem goleiro, já que Felipe tentara um gol salvador, fechou o caixão rubro-negro. Mais um jogão no Campeonato Carioca. Mais um Alvinegro na decisão. Agora é “Gigante da Colina” contra “Glorioso”. Que venha mais emoção!

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