Bangu 1 x 2 Flamengo – Estádio da Cidadania, Volta Redonda
(RJ)
Com raça e disposição para suprir uma atuação carente de técnica
e tática, Flamengo vira sobre o Bangu e se mantém vivo na Taça Rio.
Exceto os quatro mais poderosos do Rio, o Bangu iniciava a
rodada como o clube de melhor campanha do Cariocão. Para manter a boa fase,
Clemar Rocha organizou o seu time no 4-3-1-2 com: Getúlio Vargas; Celsinho,
Raphael Azevedo, Carlos Renan e Bruno Santos; Ives, Mayaro e André Barreto;
Eudes; Hugo e Sérgio Júnior. Para um confronto de caráter decisivo, causado
pelo péssimo início de Taça Rio, o Flamengo foi montado pelo Jorginho no
4-2-3-1 com: Felipe; Luiz Antônio, Alex Silva, Wallace e João Paulo; Amaral e
Elias; Rafinha, Carlos Eduardo e Gabriel; Hernane.
A peleja demorou apenas três minutos para ganhar os contornos
que a moldariam até o apito final. Três minutos foi o tempo necessário para a
fragilidade atual de Alex Silva e Wallace permitirem Hugo e Sérgio Júnior
tramarem ótima jogada que terminaria em passe do primeiro e gol do segundo. Daí
em diante o Flamengo teria a bola nos pés e seus jogadores no campo de ataque,
enquanto o Bangu se postava atrás da linha da bola e aguardava a chance para
contra-golpear. Porém, com o caminhar do relógio, o Alvirrubro de Moça Bonita
cruzou a perigosa linha que separa o “jogar nos contra-ataques” do “apenas se
defender”, e o veloz Hugo, que teve nos pés ótima chance de ampliar o escore,
parou de ser acionado.
E para complicar a situação banguense, sua defesa permitia
espaços ao Flamengo, que só não se transformaram em bolas na rede porque
Rafinha e Gabriel, este em duas oportunidades, finalizaram sem a devida
precisão. No intervalo, Jorginho sacou os inoperantes Luiz Antônio e Carlos Eduardo
– que, diga-se de passagem, já deveria apresentar um futebol mais dinâmico e
incisivo – e lançou mão de Renato Abreu e Rodolfo. Mesmo assim, o Fla não
engrenava, e, para deixar os rubro-negros ainda mais temerosos, o Bangu voltava
a colocar as manguinhas de fora. Foi neste cenário que, sem anunciar, Rodolfo
mandou um chutaço na gaveta e deixou tudo igual.
Era a senha que o Fla precisava para iniciar uma pressão na
base da raça. Rodolfo, Renato, Rafinha e Nixon, em ordem cronológica, fizeram
os flamenguistas arredondarem a boca para gritar gol. O grito, porém, só sairia
aos 41 minutos, quando João Paulo alçou a pelota na área, Ives raspou de careca
contra o próprio patrimônio e o Flamengo decretou a suada vitória. Vitória que
vale não só três pontos, mas uma tranquilidade um pouco maior para a próxima
rodada.
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