RESULTADOS
Flamengo 0 x 1 Grêmio
Ponte Preta 0 x 2 Cruzeiro
Santos 2 x 1 Vitória
Criciúma 2 x 1 Coritiba
Vasco 1 x 1 Corinthians
São Paulo 2 x 1 Fluminense
Bahia 2 x 0 Náutico
Atlético Mineiro 2 x 1 Portuguesa
Internacional 3 x 3 Goiás
Atlético Paranaense 2 x 0 Botafogo
ARTILHARIA
10 Gols – Éderson (Atlético Paranaense) e William (Ponte Preta)
8 Gols – Maxi Biancucchi (Vitória)
Atlético Paranaense 2 x 0 Botafogo – Estádio Durival de Britto,
Curitiba (PR)
Botafogo cai diante de um poderoso Atlético Paranaense no
infernal Durival de Britto e termina a rodada na vice-liderança do Brasileirão.
Com a vitória maiúscula, Furacão chega ao G4.
Ostentando uma sequência de oito jogos sem derrotas no
Brasileirão, o Atlético Paranaense entrou em campo organizado pelo Vagner
Mancini no 4-2-2-2- com: Weverton; Jonas, Manoel, Luiz Alberto e Pedro Botelho;
Bruno Silva e João Paulo; Paulo Baier e Everton; Éderson e Dellatorre. Assim
como o adversário da noite, o Botafogo também escutava o apito inicial sem
sentir o gosto da derrota desde a sétima rodada. Para manter o ritmo, Oswaldo
de Oliveira montou o time no 4-2-3-1 com: Jefferson; Gilberto, Bolívar, Dória e
Lima; Marcelo Mattos e Gabriel; Vitinho, Seedorf e Lodeiro; Rafael Marques.
Com direito a trocadilho, o Botafogo caiu no olho do furacão.
Seria um equívoco enorme encontrar apenas uma justificativa – ou responsável – para
a monstruosa atuação atleticana. Psicologicamente, o Rubro-Negro Paranaense
conseguiu absorver toda a vibração e calor que vinha do pulsante Durival de Britto
e fez Seedorf e companhia sentirem as mazelas de ser visitante num caldeirão.
Taticamente, todos os atleticanos em campo não só sabiam o papel que deveriam exercer
como o fizeram com concentração e aplicação. Fisicamente, os comandados de
Vagner Mancini foram assombrosos. Ganharam praticamente todas as divididas, se
multiplicaram para não deixar buracos e disputaram cada bola não como um prato
de comida, mas como um rodízio de massas. Por fim, mas tão importante quanto as
demais estruturas citadas – psicológica, tática e física – o quarteto ofensivo
formado por Paulo Baier, Everton, Éderson e Dellatorre esteve tecnicamente
impecável.
O Atlético pressionou o Bota por todo o primeiro tempo,
quando criou, e não converteu, seis dos chamados “melhores momentos”, e durante
11 minutos do segundo, quando conseguiu, duas vezes com Éderson, fazer os gols
que decidiram o confronto. Mas engana-se quem pensa que esta pressão de quase
uma hora ocorreu na base do “bumba-meu-boi”. Nada disso, foi uma avalanche
ofensiva que contou com passes curtos precisos e longos preciosos de Paulo Baier,
com a velocidade e confiança de Everton, com os arremates e procura por espaços
de Dellatorre e com o pandemônio causado pela movimentação e sede de gols de
Éderson. Há tempos o Botafogo não se sentia tão dominado. E quando foi tentar
se reconstruir do furacão que havia passado, já não tinha mais condições para
colocar em prática seu estilo dinâmico. Tinha apenas vontade e o ímpeto de
Vitinho – que terminaria expulso junto com Pedro Botelho.
A maneira como o Bota foi dominado pode deixar seu torcedor
assustado, mas como Seedorf bem disse após o apito final, esta derrota não
apaga a campanha alvinegra até o momento.
CURTINHAS PELO BRASILEIRÃO!
- O Flamengo jogou tão mal, mas tão mal, que o Grêmio, mesmo
abusando das bicudas para onde o nariz apontava e muito mais preocupado em se
defender do que em atacar, poderia ter feito uns 3 a 0. Fez apenas um, que foi
suficiente para conquistar a terceira vitória seguida fora de casa e se manter
no G4.
- Se Dorival Júnior estava em busca de uma formação para
chamar de titular, a que disputou o segundo tempo contra o Corinthians, no Mané
Garrincha, mostrou potencial para tal. Enquanto o tanque de gasolina se encontrava
cheio, Juninho Pernambucano e Pedro Ken auxiliaram Abuda na marcação e os
garotos Marlone e Willie na armação. Garotos que tiveram uma atuação daquelas
para ganhar confiança e embalar. Vejamos os próximos capítulos...
- O futebol, por sua imprevisibilidade que coloca os especialistas
e os que o ignoram com iguais chances de ganhar na loteria esportiva, tem
espaço em seu universo para explicações sustentadas por sorte, superstição, fé,
forças do além... O sal-grosso são-paulino no Morumbi que nos diga...
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