Após o empataço em 3 a
3 no Maracanã entre Botafogo e Internacional, dois tópicos se candidatam a “assunto
do dia”: o retorno do Fogão à liderança do Brasileiro e a síndrome alvinegra de
sofrer gols nos acréscimos – antes do Colorado, Flamengo e Atlético Mineiro impediram
o Bota de ganhar três pontos no fechar das cortinas. No entanto, como anuncia o
título desta coluna, vejo um assunto se sobrepondo aos citados: a explêndida fase
de Vitinho, o “Garoto Faísca”.
“Garoto Faísca?” –
pode indagar o amigo. Pois explico o motivo do apelido. Hoje, o Botafogo é o
time mais organizado ofensivamente do futebol brasileiro. Mais até que o
Atlético Mineiro, que, desde o três a zero sobre o rival Cruzeiro, na primeira
partida decisiva do Mineiro, no longínquo 12 de maio, venceu jogos e a
Libertadores mais na base do “um por todos e todos por um”. No Fogão, Lodeiro,
Rafael Marques e, principalmente, Seedorf, mesclam um incessante trocar de
posições com passes qualificados que, juntos, dão ao time uma fluidez ofensiva bonita
de se ver. Porém, para o agradável estilo de jogo alvinegro se tornar mais
produtivo e letal precisa-se de uma faísca. Precisa-se de individualidade,
espontaneidade e ímpeto. E é aí que entra o Vitinho.
Quando a saída de
Fellype Gabriel, um dos grande nomes da conquista do Carioca 2013 e ponto
fundamental na dinâmica do time alvinegro, foi confirmada, temeu-se pela boa
fase botafoguense. Mas há males que vêm para o bem. Vitinho ganhou a vaga e não
só ajuda a manter intocável o estilo de jogar do time como lhe acrescenta uma
gama de alternativas. Dribla, voa pelos flancos – ações que se esperam de um
menino que joga pelas beiradas – arranca pela meiúca, passa bem a redonda e
chuta com potência e precisão. Contra o Inter, só para ficarmos no exemplo mais
próximo, fez dois golaços de fora da área. Um com cada perna.
Comentaristas de rádio,
TV, jornais e esquinas já o criticaram – e ainda o criticarão – por ser individualista.
Pois penso diferente. Se for tolhido de sua individualidade, Vitinho perderá
muito. É claro que muitas vezes desperdiça um bom lance por apostar no próprio
taco quando poderia ter pensado em uma jogada coletiva. No entanto, é
justamente pelas vezes que ele acerta ao apostar no próprio taco que o Botafogo
não vê ninguém a sua frente na tábua de classificação.
Esse Botafogo tá um luxo... E mais, esses jogadores está tendo um privilegio raro de jogar no Brasil ao lado de um craque como Seedorf. Esse jogador está contagiando não só o Botafogo, mas o resto do país, pela sua postura inteligente de tratar a bola. http://www.assuntodofutebol.com.br/
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