Através de
suas obras repletas de cores, o autodidata José Antônio da Silva – nascido na
cidade de Sales de Oliveira (SP), em 1909 – foi um dos destacados
representantes das manifestações culturais populares brasileiras: festas no
campo, ritos religiosos, trabalhos na lavoura e, por pelo menos uma vez, o
futebol, como mostra a obra selecionada pelo “Futebol é Arte”. Trabalhador
rural na infância, mudou-se para Ribeirão Preto em 1931 e teve sua primeira
exposição apenas 1946. Em 1951, participou da I Bienal Internacional de São
Paulo. Bienal que foi a responsável por uma das obras mais marcantes de sua
vida. Não a Bienal de 1951, mas a de 1967, da qual não participou. Deixado de
fora desta pelos jurados, encontrou na arte uma forma de extravasar sua
decepção e pintou o “Enforcamento do Júri” como forma de protesto. Além de
pintor, José Antônio da Silva, que viria a falecer em 1996, também publicou
livros e gravou LPs contando histórias. Considerado do estilo primitivista
pelos críticos, uma vez declarou: “Não admito que me chamem de primitivo,
caipira ou ingênuo. Tem que me chamar de gênio. Já provei que sou.”
Futebol (1983)
José Antônio
da Silva
Óleo sobre
tela - 52x42cm
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