Flamengo 3 x 2
Atlético Mineiro
Campeonato Brasileiro
de 1980 – Segundo jogo da final
Maracanã, Rio de
Janeiro (RJ)
Público: 154.355
Flamengo: Raul;
Toninho, Manguito, Marinho e Júnior, Andrade, Paulo César Carpegiani (Adílio) e
Zico, Tita, Nunes e Júlio César. Técnico: Cláudio Coutinho.
Atlético Mineiro: João
Leite; Orlando (Silvestre), Osmar, Luisinho (Geraldo) e Jorge Valença, Chicão,
Toninho Cerezo e Palhinha, Pedrinho, Reinaldo e Éder. Técnico: Procópio.
Gols: Nunes (Flamengo)
aos 7’ do 1º tempo; Reinaldo (Atlético-MG) aos 8’ do 1º tempo; Zico (Flamengo)
aos 44’ do 1° tempo; Reinaldo (Atlético-MG) aos 21’ do 2º tempo e Nunes
(Flamengo) aos 37’ do 2° tempo.
Não existe votação que
se proponha a eleger o melhor jogo do Campeonato Brasileiro que não tenha a
final de 1980 como candidata. Não era somente o duelo entre o então Tri Carioca
contra o Tri (futuro Hexa) Mineiro. Era o embate entre duas equipes repletas de
craques. De um lado, Júnior, Andrade, Carpegiani e Zico. Do outro, Luisinho,
Toninho Cerezo, Éder e Reinaldo. E para tornar o confronto ainda mais
apimentado, o jogo de ida – vitória do Galo por 1 a 0, no Mineirão – tinha sido
pra lá de quente. Os mais de 150 mil presentes ao Maracanã presenciariam uma
verdadeira guerra. E uma chuva de gols. Com menos de 10 minutos, Nunes e
Reinaldo já haviam ido às redes: 1 a 1. No fim da primeira etapa, Zico colocou
o Fla na frente. Ainda tinha muita água para rolar. Aos 20 do segundo tempo, um
momento que os antigos adoram contar: Reinaldo sofria para andar em campo por
causa de uma contusão – o Atlético já realizara as duas substituições
permitidas –, mas, sob os gritos de “Bichado! Bichado!”, usou todo seu instinto
de goleador para empatar e endereçar o caneco para Minas. Minutos depois, o
“Rei Atleticano” seria expulso por catimba e, junto com ele, por reclamação,
toda a comissão técnica atleticana. Os minutos passavam e os arquibaldos e
geraldinos não tinham mais unhas para roer quando veio o lance histórico: Nunes
recebeu a redonda na esquerda, deixou o zagueiro Silvestre sem pai nem mãe e a
colocou para dormir no canto direito do João Leite. Era o gol do primeiro
título nacional do Mengão. E o início de uma das maiores rivalidades
interestaduais do nosso futebol.
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