segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

CAMPEONATO CARIOCA 2011 - TAÇA GUANABARA - 6ª RODADA


RESULTADOS

GRUPO A
Resende 1 x 2 Nova Iguaçu
Vasco 3 x 0 Americano
Boavista 2 x 3 Flamengo
Volta Redonda 2 x 0 América

GRUPO B
Bangu 2 x 2 Cabofriense
Macaé 2 x 2 Madureira
Duque de Caxias 4 x 2 Olaria
Fluminense 2 x 3 Botafogo

Fluminense 2 x 3 Botafogo – Engenhão

Fluminense e Botafogo fizeram um “Clássico Vovô” recheado de gols, viradas, emoções, polêmicas, lances marcantes e que terminou com o Fogão vencendo por 3 x 2 e assumindo a ponta do Grupo B.

Com o objetivo de conquistar a liderança do seu grupo e ficar mais distante de enfrentar o Flamengo na fase semi final da Taça Guanabara, Joel Santana mandou o Botafogo à campo organizado no já costumeiro 3-5-2 com Jefferson; João Felipe, Antônio Carlos e Márcio Rosário; Alessandro, Bruno Thiago, Marcelo Mattos, Renato Cajá e Márcio Azevedo; Herrera e Loco Abreu. Pelo lado do Fluminense, Muricy Ramalho também optou pelo 3-5-2, com o volante Valencia fazendo papel de terceiro zagueiro e a equipe veio para o jogo com: Diego Cavalieri; Gum, Valencia e Leandro Euzébio; Mariano, Edinho, Souza, Conca e Carlinhos; Fred e Rafael Moura.

A 1ª etapa do clássico pode ser claramente dividida em duas partes: antes da parada técnica e depois da parada técnica, que ocorre aos 20 minutos de cada tempo. Se antes desta parada o 1º tempo se mostrava frio e com os ataques sem inspiração, após ela o jogo começou a pegar fogo. Pelo Botafogo, Renato Cajá iniciou aquela que, a meu ver, foi sua melhor atuação com a camisa alvinegra. Além de marcar um golaço de falta aos 23 minutos, o camisa 10 do Fogão acertou dois tijolos na trave e ainda cobrou uma outra falta que passou assoviando o ouvido do goleiro Diego Cavalieri. No entanto, o magnífico 1º tempo do calibrado Cajá não foi suficiente para levar o Fogão com a vitória parcial para o intervalo, pois o reestreante tricolor Rafael Moura estava com cheiro de gol. Se aos 28 minutos o Flu não conseguiu o empate após linda tabelinha entre Mariano e Fred, aos 30 Rafael Moura desviou córner cobrado pelo Souza e igualou o placar. Depois, quando o relógio marcava 44 minutos e o Fluminense já contava com um homem a menos devido à expulsão do zagueiro Valencia, Souza chutou à gol e após defesa parcial do goleiro Jefferson o Rafael Moura empurrou para o fundo do barbante. Antes do apito que encerraria a 1ª etapa, Marcelo Mattos cometeu falta dura no argentino Conca e também foi mais cedo para o chuveiro.

O jogo voltou do intervalo ainda mais quente. Se no 1º tempo o Loco Abreu havia sido completamente anulado por uma excelente atuação do zagueiro Gum e só apareceu ao exigir com muita ferocidade a expulsão do Valencia, nos primeiros minutos da etapa final o uruguaio foi o centro das atenções. Primeiro o Renato Cajá alçou a pelota na área e o Rafel Moura se apoiou sobre o Loco Abreu cometendo clara penalidade máxima. Veio a cobrança e o Loco Abreu cometeu a loucura – com o perdão do trocadilho – de dar a famosa cavadinha no meio do gol. Resultado: a bola foi parar nas mãos do Diego Cavlieri como se fosse um filhote sonolento querendo o colo da mamãe. Três minutinhos depois, o jovem alvinegro Bruno Thiago invadiu a área e o juiz Gutemberg de Paula Fonseca enxergou pênalti cometido pelo Edinho em lance que, em minha opinião, nada ocorreu. Novamente Loco Abreu foi para a marca da cal e, com uma cavadinha mais séria, no canto esquerdo do goleiro, empatou o duelo. O Fluminense sentiu o gol e se perdeu em campo. Na realidade, não foi nem o gol que fez o Flu se perder, mas sim o nervosismo que atingiu os seus jogadores após o pênalti marcado sobre o Bruno Thiago. Em um momento foi até possível ver o Fred, completamente indignado com a marcação da penalidade, pedindo ao Muricy para ser substítuido. E a situação tricolor ficaria ainda pior aos 18 minutos, quando o dono do jogo, Renato Cajá, deu milimétrica assistência para Herrera sacudir o filó e virar o marcador.

Mesmo com a vantagem de um gol o Fogão não parou de atacar e levar perigo ao Diego Cavalieri, que realizou duas defesas dificílimas em finalizações do Loco Abreu, respectivamente aos 20 e 25 minutos. No entanto, resultado de uma soma entre o cansaço dos seus jogadores e a substituição do Renato Cajá pelo Éverton, aos 30 minutos, o ímpeto ofensivo botafoguense diminuiu e o Fluminense partiu com tudo em busca do empate. Nos últimos 15 minutos de jogo, o Tricolor mandou seus laterais para o ataque, o sumido Conca participou um pouco mais da partida, Araújo entrou em campo mostrando que pode ser útil e o empate só não veio porque o Botafogo possui um goleiro que vive fase excepcional. Apesar dos esforços de Alessandro, Bruno Thiago e Árevalo Ríos para segurar a ofensiva tricolor e da segurança que Antônio Carlos e Márcio Rosário apresentavam nas bolas aéreas, o principal responsável pelo Botafogo ter conseguido segurar a vitória foi o goleiro Jefferson, que realizou três defesas espetaculares, em uma cabeçada do Araújo e dois arremates longos do Carlinhos.

Está vitória conquistada pelo Fogão é daquelas que dá bastante moral para a equipe, pois apesar de ter sido um jogo pela fase de grupos, teve todas as características de uma decisão, desde o nervosismo dos jogadores até o do árbitro.

JOGADA RÁPIDA!

Pelo Grupo A, Flamengo e Boavista fizeram um jogo elétrico no ensolarado Moacyrzão. O Fla teve tudo para conquistar uma vitória tranquila ao abrir o placar em pênalti bem cobrado pelo Ronaldinho Gaúcho, que marcou seu primeiro gol pelo clube, e, logo no comecinho da 2ª etapa, ampliar a vantagem com o Deivid após linda jogada do Léo Moura. No entanto, o frágil sistema defensivo rubronegro resolveu aprontar e o argentino Frontini balançou as redes duas vezes, sendo que na segunda delas após uma falha enorme do zagueiro Welinton. No fim, o prata da casa Negueba aproveitou boa jogada do raçudo Willians pela esquerda e deu a vitória e a liderança do grupo para o Mengão. Apesar dos atuais 100% de aproveitamento, o Flamengo precisa melhor muito, mas muito mesmo, defensivamente, pois se já encontra problemas com adversários de menor poder ofensivo, os encontrará mais ainda diante de jogadores do quilate de Fred, Conca e Loco Abreu, por exemplo.

2 comentários:

  1. Esse jogo teve outra curiosidade.. tirou o posto de "o maior garfo da história" daquele garfo lá do Oceano bar. huauhahuahuahua. O juiz até jogou de preto pra combinar com o uniforme branco do alvinegro.

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  2. Boa análise Diano.
    Sendo tricolor, reconheço que o Bota me surpreendeu até certo ponto pela postura diferenciada se comparada aos jogos anterios contra os pequenos, com excelente partida do Cajá (novamente me pegou de surpresa) e a atuação do Jefferson, esse sim; apenas reafirma a ótima fase.
    No mais, como é inevitável, ainda mais nos clássicos cariocas; sempre or árbitros ganham mais atenção do que deviam. Não gosto do estilo do Gutemberg: fala demais, gesticula muito, autoritário, quer enxergar mais do que pode; e ontem ao meu ver compensou um erro com outro.
    Na minha opinião, o Valencia merecia expulsão, fato esse que só ocorreu após o Loco Abreu exigir com o juiz, trocando recebendo um amarelo pela expulsão do voltante tricolor. Seguindo, o Gutemberg compensou expulsando o Marcelo e para piorar, o "auxiliar do assistente" não enxergou gol no chute do Caja. Com isso, no 2º tempo, o Gutemberg marcou penalte, numa falta de Rafael Moura sobre loco Abreu, lance comum a qualquer bola cruzada na área. Não satisfeito, inventou um penalte um minuto depois.
    E pra completar, no fim do jogo, ele indica 3 minutos de acréscimo e apita o fim de jogo aos 46:30. (??????). Não que fosse mudar algo na partida, mas qual a finalidade disso? Já tinha reparado isso com outro juiz num jogo do Fla se não me engano. Se é pra ser assim, não sinaliza!
    No mais, bela bela atuação do goleiro, o empate acredito q seria mais justo. Bota confirmando seu favoritismo, estará na 3ª final seguida(se não me engano) da tã guanabara, aguardando o Fla ou Flu. Resta ao tricolor, corrigir os erros para o jogo de quarta feira, quando realmente uma derrota causará sérios problemas.

    Ronie Attayde

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