quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

SUPER-HERÓIS NO PLANETA BOLA!

Olá amigos do FUTEBOLA!

Em tempos onde a escalação de alguns times de futebol mais parecem listas telefônicas, cheia de sobrenomes e carente de apelidos, acho muito bacana a postura do atacante Rafael Moura de incorporar o apelido de “He-Man” em suas comemorações, quando simula estar erguendo a espada, gesto característico do super-herói da década de 80.

Aproveito o excelente retorno do Rafael “He-Man” Moura para o Flu, no qual já marcou quatro gols em apenas dois jogos, para lembrar alguns outros jogadores, na ativa ou não, que receberam apelidos de super-heróis. O primeiro que me vem à cabeça é o atacante Valdeir, que apareceu para o futebol brasileiro no início dos anos 90, vestindo a camisa do Fogão, e depois atuaria com Zidane no francês Bordeaux. Valdeir era um jogador tão rápido, mas tão rápido, que recebeu o apelido de “The Flash”. Ainda nos anos 90, mas saindo do ataque e chegando na defesa, o zagueirão Adilson Batista, hoje um dos bons treinadores do nosso futebol, marcou época principalmente no Cruzeiro e no Grêmio. Foi atuando pelo Tricolor Gaúcho que Adilson Batista levantou o caneco da Libertadores de 1995 e ganhou o apelido de “Capitão América”.

Como comprova o próprio Rafael Moura, os apelidos heróicos não são exclusividade dos jogadores que já penduraram as chuteiras. Nesta última quarta-feira, quando a Seleção Brasileira perdeu para a França em Paris, um atacante canarinho teve em seus pés, no fim do jogo, a bola que poderia resultar no empate. Seu nome? Não sei. Todos o conhecem como Hulk, tamanha é sua força física. Diego Souza, atualmente vestindo a camisa alvinegra do Atlético Mineiro, foi chamado de “Homem de Ferro” no período em que esteve no Palmeiras, devido a não ter sofrido sequer uma lesão nos anos de 2008 e 2009. No entanto, até pelos bate-bocas que o meia teve com a torcida palmeirense, que diminuíram o seu prestígio por lá, este foi um apelido mais usado na imprensa do que nas arquibancadas.

Existe também os casos em que, por coincidência, um craque acaba sendo conhecido pela mesma alcunha de um herói dos quadrinhos. Em 1938, Leônidas da Silva encantou o mundo da bola com suas atuações na Copa do Mundo disputada na França. Seus dribles e ginga o faziam parecer tão maleável que ele voltou de lá chamado de “Homem Borracha”. No entanto, o super-herói Homem Borracha só iria fazer sua primeira aparição nos quadrinhos em 1941, ou seja, três anos depois de Leônidas ganhar o apelido.

Não só em futebol, mas em qualquer esporte, os apelidos, heróicos ou não, servem para aproximar os ídolos dos fãs e também para tornar o atleta mais carismático. Por isto, sou totalmente contrário a atitudes como a que o treinador Vanderlei Luxemburgo tomou recentemente, pedindo para o meio-campista “Muralha”, Campeão da Copa São Paulo pelo Flamengo, abandonar o apelido e passar a ser chamado pelo nome, Luís Felipe. À primeira vista, parece que os torcedores rubronegros não aceitaram esta troca, pois durante a volta olímpica dos Campeões da Copinha, no Engenhão, a torcida encheu os pulmões e gritou: “Muralha! Muralha!”. Que continue assim. Viva os apelidos!

4 comentários:

  1. Parabéns Diano! Excelente tópico esse que você levantou! Concordo plenamente, os apelidos (heróicos ou não) fazem a relação atleta/torcedor se tornar mais íntima, eternizando na memória afetiva dos torcedores a imagem do ídolo.

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  2. Grande Ha1000ton!

    Acho que "memória afetiva" deve ser o melhor termo que já escutei quando o assunto é o alcance que os apelidos têm junto aos torcedores.

    Valeu pelos comentários!

    Grande abraço!

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  3. Estou acessando esse blógui pela primeira vez e venho convidá-lo a acessar www.jogadadefeito.blogspot.com para conferir uma entrevista com o preparador de goleiros Marcos Timóteo.

    Qualquer comentário que você puder dar será bem-vindo.

    Abraços.

    P.S.: interessante o tópico, acho que o mais relevante é conferir se o apelido agrada ao apelidado. O Rafael Moura certa vez se queixou da alcunha, não sei se atualmente está aceitando melhor. O Lucas "Marcelinho" é um que quer ser chamado pelo nome.

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  4. Olá amigo Soham!

    Sobre o Rafael Moura, acredito que ele goste sim do apelido, afinal tem comemorado seus gols erguendo uma espada imaginária.

    Pode deixar que passarei lá para ver a entrevista.

    Um grande abraço!

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