Na última quarta-feira, o Rio de Janeiro parou e o Engenhão lotou para ver a estréia de Ronaldinho Gaúcho pelo Flamengo. Ontem, sem o mesmo alvoroço do Gaúcho, até porque o marketing não é o seu forte, Rivaldo reestreou no futebol brasileiro vestindo a camisa do São Paulo e, somando-se à presença do Ronaldo no Corinthians, fechou o retorno do trio ofensivo Campeão do Mundo de 2002 para o futebol brasileiro. Sempre fui grande fã do Rivaldo e admito que revê-lo esbanjar sua classe em nossos gramados foi um enorme prazer.
Com a camisa 10 do Tricolor Paulista, Rivaldo, surpreendentemente, ignorou os seus 38 anos e o tempo em que esteve parado e atuou os 90 minutos da difícil vitória sobre o Linense por 3 x 2. Durante este tempo, deu passes amanteigados, dribles desconcertantes e ainda marcou um golaço que deveria ficar exposto no museu do futebol. Esta grande atuação também serviu para diminuir bastante as dúvidas que existem sobre se o melhor jogador do mundo em 1999 ainda é capaz de atuar em alto nível, apesar de não eliminá-las. Uma rápida viagem pela história do São Paulo mostra que o Rivaldo não é o primeiro jogador a “sofrer” com as dúvidas em relação à sua idade, pelo contrário, o Tricolor tem por tradição apostar em craques que estão perto de pendurar as chuteiras.
Em 10 de novembro de 1957, Zizinho, já totalizando 36 primaveras, estreou pelo São Paulo dando um show de bola em um clássico contra o Palmeiras, vencido pelo Tricolor por 4 x 2. Este jogo foi válido pelo Paulistão de 1957 e a estréia de Zizinho foi o pontapé inicial para uma arrancada de 10 vitórias e dois empates, incluindo uma vitória de 6 x 2 sobre o Santos de Pelé em plena Vila Belmiro, que culminou com a conquista do caneco. Outro exemplo que ilustra a boa relação entre o São Paulo e craques veteranos é mais recente, da década de 90, quando, em 1992, o clube contratou Toninho Cerezo, então com 37 anos. Com toda sua categoria característica, Cerezo bateu um bolão em sua passagem pelo São Paulo, conquistando o Paulista (1992), a Libertadores (1993) a extinta Supercopa (1993) e o Bimundial (1992/1993). E mais: No duelo contra o Milan que valeu o caneco mundial de 1993, Cerezo ganhou, simplesmente, o prêmio de melhor jogador em campo.
E se os exemplos de Zizinho e Toninho Cerezo são insuficientes para não duvidarmos do que o Rivaldo pode ser capaz, talvez o genial Nelson Rodrigues consiga este feito com as palavras que disse após uma grande atuação de Zizinho, então com 34 anos, pela Seleção Brasileira: “Geralmente, o jogador de 34 anos está gagá para o futebol, está babando de velhice esportiva. Mas o caso de Zizinho mostra o seguinte: - o tempo é uma convenção que não existe nem para o craque, nem para a mulher bonita. Existe para o perna-de-pau e para o bucho. Na intimidade da alcova, ninguém se lembraria de pedir à Rainha de Sabá, à Cleópatra, uma certidão de nascimento. Do mesmo modo, que importa a nós tenha Zizinho 17 ou 300 anos, se ele decide as partidas? Se a bola o reconhece e prefere?”
Com a camisa 10 do Tricolor Paulista, Rivaldo, surpreendentemente, ignorou os seus 38 anos e o tempo em que esteve parado e atuou os 90 minutos da difícil vitória sobre o Linense por 3 x 2. Durante este tempo, deu passes amanteigados, dribles desconcertantes e ainda marcou um golaço que deveria ficar exposto no museu do futebol. Esta grande atuação também serviu para diminuir bastante as dúvidas que existem sobre se o melhor jogador do mundo em 1999 ainda é capaz de atuar em alto nível, apesar de não eliminá-las. Uma rápida viagem pela história do São Paulo mostra que o Rivaldo não é o primeiro jogador a “sofrer” com as dúvidas em relação à sua idade, pelo contrário, o Tricolor tem por tradição apostar em craques que estão perto de pendurar as chuteiras.
Em 10 de novembro de 1957, Zizinho, já totalizando 36 primaveras, estreou pelo São Paulo dando um show de bola em um clássico contra o Palmeiras, vencido pelo Tricolor por 4 x 2. Este jogo foi válido pelo Paulistão de 1957 e a estréia de Zizinho foi o pontapé inicial para uma arrancada de 10 vitórias e dois empates, incluindo uma vitória de 6 x 2 sobre o Santos de Pelé em plena Vila Belmiro, que culminou com a conquista do caneco. Outro exemplo que ilustra a boa relação entre o São Paulo e craques veteranos é mais recente, da década de 90, quando, em 1992, o clube contratou Toninho Cerezo, então com 37 anos. Com toda sua categoria característica, Cerezo bateu um bolão em sua passagem pelo São Paulo, conquistando o Paulista (1992), a Libertadores (1993) a extinta Supercopa (1993) e o Bimundial (1992/1993). E mais: No duelo contra o Milan que valeu o caneco mundial de 1993, Cerezo ganhou, simplesmente, o prêmio de melhor jogador em campo.
E se os exemplos de Zizinho e Toninho Cerezo são insuficientes para não duvidarmos do que o Rivaldo pode ser capaz, talvez o genial Nelson Rodrigues consiga este feito com as palavras que disse após uma grande atuação de Zizinho, então com 34 anos, pela Seleção Brasileira: “Geralmente, o jogador de 34 anos está gagá para o futebol, está babando de velhice esportiva. Mas o caso de Zizinho mostra o seguinte: - o tempo é uma convenção que não existe nem para o craque, nem para a mulher bonita. Existe para o perna-de-pau e para o bucho. Na intimidade da alcova, ninguém se lembraria de pedir à Rainha de Sabá, à Cleópatra, uma certidão de nascimento. Do mesmo modo, que importa a nós tenha Zizinho 17 ou 300 anos, se ele decide as partidas? Se a bola o reconhece e prefere?”
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirSensacional. Muito bem escrito mesmo. É interessante ver Rivaldo, RG e Ronaldo no Brasil, juntos.Quem sabe, de agora em diante, nosso futebol passe a ser visto com bons olhos. Neymar ficar foi legal também. espero que os gramados do nosso vasto Brasil, não sirva apenas para aqueles que pretendem dar a volta por cima e chegar à seleção e sim, que os jogadores queiram jogar aqui. Que nosso futebol seja nivelado por cima, pois o nosso povo merece isso.
ResponderExcluirwww.oscraquesnarede.blogspot.com
Twitter: oscraquesnarede