Botafogo 4 x 0 Atlético Paranaense – Maracanã, Rio de Janeiro
(RJ)
Fogão renasce! Com um futebol que não apresentava há tempos –
em termos coletivos e individuais – Botafogo massacra o Atlético Paranaense e
volta ao G4.
As inigualáveis palavras de Nelson Rodrigues uma vez
disseram: “Nada tão remoto, nada tão longínquo, nada tão antediluviano como o
passado recente, o passado imediato”. Pois realmente é difícil encontrar na
memória uma atuação tão grandiosa deste Botafogo de Seedorf. No Maracanã,
contra o Atlético Paranaense, o Bota não só voltou a apresentar o futebol que
ganhou o status de mais bem jogado do país em meados do ano como ainda acrescentou
uma boa dose de poder de decisão. Em outras palavras, jogou melhor – muito melhor!
– e soube transformar a superioridade em goleada.
O que o Seedorf jogou não está no gibi. Participou
intensamente do início e da conclusão das tramas ofensivas. De sua cabeça saiu
a assistência para Elias abrir o placar. De seu pé direito, o dois a zero. Fora
isso, distribuiu incontáveis passes macios e mostrou uma movimentação digna de
quem conhece todos os espaços do gramado. Mas não foi só. Se Seedorf, por tudo
que representa, termina o jogo como destaque, seus companheiros também
estiveram em grande jornada.
Gabriel e Renato tomaram conta do meio-campo e ainda
apareceram nas redondezas da área atleticana para criar jogadas de gol. Hyuri foi
veloz, vertical e infernal. Rafael Marques lutou como sempre e acertou duas
bolas na trave, deixando para Bruno Mendes a tarefa de fechar a goleada.
“E o Furacão?”, o amigo pode perguntar. Nada de elogios. O sistema
ofensivo foi ruim – Everton não driblou, Mérida não passou, Éderson não
finalizou e Marcelo apenas se salvou – e o defensivo ainda pior. Luiz Alberto e
Manoel, que fazem um bom campeonato, erraram o que podiam e o que não podiam,
assim como o volante Bruno Silva e os laterais Juninho e Léo (que até foi
expulso, como o botafoguense Bolívar seria já nos acréscimos).
Este é um triunfo daqueles que dá nova vida ao Fogão. De agora
para frente é absorver tudo o que esta vitória tem a ensinar para repetir nos três
próximos duelos e conquistar a tão desejada vaga na Libertadores.
Botafogo: Jefferson; Edílson, Bolívar, Dória e Julio Cesar
(Lima); Renato e Gabriel; Hyuri (Octávio), Seedorf e Rafael Marques; Elias
(Bruno Mendes). Técnico: Oswaldo de Oliveira.
Atlético Paranaense: Weverton; Léo, Manoel, Luiz Alberto e
Juninho; Bruno Silva, João Paulo e Everton; Fran Mérida (Dellatorre); Marcelo (Jonas)
e Éderson (Roger). Técnico Vagner Mancini.
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