Vitória 1 x 3 Cruzeiro – Barradão, Salvador (BA)
Em ritmo de festa, Cruzeiro freia a arrancada do Vitória e
confirma o que só a matemática ainda tinha dúvidas: é o grande Campeão Brasileiro
de 2013!
O Vitória tinha muito mais em jogo do que o Cruzeiro. E foi
justamente a sede por se aproximar da zona da Libertadores que o fez cometer um
pecado imperdoável: jogar de peito aberto contra a Máquina Azul. É verdade que
os rubro-negros criaram chances em profusão, mas enquanto estas serviram apenas
para consagrar ainda mais o ano do goleiro Fábio, os espaços que deixaram atrás
por terem olhos apenas para o ataque não foram desperdiçados pelo rival.
Willian, Júlio Baptista e Ricardo Goulart (Dinei fez o gol baiano) tornaram a
festa azul em Salvador ainda mais animada do que se esperava.
A avassaladora, esmagadora e torrencial campanha cruzeirense
nos faz matutar um pouco sobre o chamado craque. Aqui e acolá dizem que o
Cruzeiro foi Campeão pelo conjunto, por ter elenco, ter banco, estar encaixado...
nunca por ser um time de craques. Alguns até afirmam que não existe sequer um
craque vestindo a camisa azul. Bom, amigos, o conceito de craque é algo muito
pessoal. Cada um tem sua própria ideia do que seria um craque. Tem que jogar o
futebol-arte? Fazer muitos gols? Conquistar títulos? Ser decisivo? Estar no
ápice por muito tempo? Os pré-requisitos para ser um craque não estão escritos
em um livro.
Independente do que é ser um craque, porém, ninguém jogou
mais bola do que pelo menos metade do time celeste. Disse metade, mas fui
comedido. Vou mais longe. Bem mais longe. Com exceção do centroavante Borges
(que viu o goiano Walter jogar uma barbaridade), todos os outros dez titulares do
time base cruzeirense podem aparecer na seleção do campeonato sem causar
surpresas.
Em termos de conjunto, o Cruzeiro foi muito – mas muito! –
superior a todos os seus concorrentes. Mas não foi só isso. O título não foi só
questão de grupo. Foi questão de individualidade também. Carimbar alguns
cruzeirenses como craques é algo bem relativo. Muito menos relativo, porém, é afirmar
que todos eles fizeram uma grande temporada. A falta do relativo carimbo de
craque e o trabalho em equipe bem feito (espetacularmente feito) não podem
apagar o valor individual de cada um dos campeões.
PARABÉNS, CRUZEIRO! PARABÉNS, CRUZEIRENSES!
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