Atlético Paranaense 1 x 1 Flamengo – Vila Capanema, Curitiba
(PR)
Flamengo segura a pressão na Vila Capanema e jogará no
Maracanã com a vantagem de poder empatar sem gols para se sagrar Tricampeão da
Copa do Brasil.
Na batalha pela imposição do estilo de jogo, Atlético
Paranaense e Flamengo fizeram um primeiro tempo rascunhado. O Furacão rascunhou
uma pressão na base da energia de sua torcida, mas em nenhum momento conseguiu
deixar seu adversário acuado. O Urubu, por sua vez, rascunhou uma estratégia de
sair em velocidade com Paulinho e Luiz Antônio, entretanto pouco assustou o
goleiro Weverton. Rascunho daqui, rascunho de lá, as tramas ofensivas não
ganharam consistência e foi necessário que Marcelo, aos 17, pelo Atlético, e
Amaral, aos 30, pelo Fla, acertassem dois foguetes de fora da área para fazer
as redes balançarem.
Não só pelos gols, Marcelo e Amaral foram os melhores em
campo. O paranaense foi acionado a todo momento e, enquanto teve fôlego, ganhou
a maioria das jogadas na base da força, explosão e habilidade, enquanto o
carioca foi um leão na marcação – inclusive sobre Paulo Baier – e ainda
apareceu (bem!) de surpresa em alguns lances ofensivos.
A segunda etapa começou mais aberta, com uma chance para cada
lado: Luiz Alberto, de cabeça, e Hernane, como sempre, de primeira. Os
rascunhos enfim ganhariam contornos de nanquim após o minuto 15, quando Vagner
Mancini trocou o lateral Pedro Botelho pelo atacante Dellatorre, deslocando o
volante Zezinho para a esquerda. O Atlético se abriu todo em busca da vitória –
em alguns momentos parecia até haver se esquecido da existência do jogo de
volta –, e o Flamengo encontrou os espaços necessários para contra-golpear. Não
só os encontrou como soube os explorar para armar bons lances em velocidade,
porém os arremates de Léo Moura e Luiz Antônio não encontraram o filó.
Percebendo que o Flamengo, e não o Atlético, ganhara mais
vida com sua mudança, Mancini realizou mais duas substituições para
reequilibrar a equipe. Acrescenta-se que o Flamengo tirou o pé do acelerador e,
fora um chute longo do atleticano Everton, a partida caminhou sem muitas
emoções nos últimos 15 minutos. Melhor para o Fla, que jogará no Maracanã com
uma boa vantagem. Vantagem que, no entanto, não pode se tornar obsessão.
Atlético Paranaense: Weverton; Juninho, Manoel, Luiz Alberto
e Pedro Botelho (Dellatorre); Zezinho, Deivid e Éverton; Paulo Baier (Maranhão);
Marcelo e Éderson (Ciro). Técnico: Vagner Mancini.
Flamengo: Felipe; Léo Moura, Chicão (Samir), Wallace e André
Santos; Amaral, Elias, Luiz Antônio e Paulinho; Carlos Eduardo (Diego Silva);
Hernane. Técnico: Jayme de Almeida.
Dificilmente o Mengão perde essa... Se não entrar soberbo em campo, devolve aquela goleada da queda do Mano.
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