sexta-feira, 8 de novembro de 2013

JOGOS INESQUECÍVEIS DO BRASILEIRÃO - VASCO X SANTOS - 1974

Vasco 2 x 1 Santos

Campeonato Brasileiro de 1974 – Primeira Rodada do Quadrangular Final

21 de Julho de 1974

Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)

Público: 97.696 pagantes

Vasco: Andrada; Fidélis, Joel Santana, Miguel e Alfinete; Alcir, Zanata e Peres; Luís Carlos, Roberto Dinamite e Jaílson (Jorginho). Técnico: Mário Travaglini.

Santos: Cejas; Hermes, Vicente, Bianchi (Oberdã) e Zé Carlos; Clodoaldo e Brecha; Fernandinho, Nenê (Cláudio Adão), Pelé e Mazinho. Técnico: Tim.

Gols – Primeiro Tempo: Luís Carlos (Vasco), aos 15’. Segundo Tempo: Pelé (Santos), aos 31’ e Roberto Dinamite (Vasco), aos 43’.


De um lado, o Rei Pelé, aos 33 anos, prestes a encerrar sua carreira no Santos e viajar para brincar nos estádios norte-americanos. Mais de mil gols, cinco títulos mundiais – três com a Seleção Brasileira e dois com o Alvinegro Praiano – incontáveis outros canecos estaduais, regionais, nacionais e continentais, e a reverência de todo o Planeta Bola. Do outro lado, Roberto, o Garoto Dinamite, que aos 20 anos começava a caminhada para se tornar o maior goleador da história do Vasco, do Estádio de São Januário, do Campeonato Brasileiro e do Campeonato Carioca. O Rei que nunca perderá a majestade (mas que vivia seus últimos dias em gramados brasileiros) e o Dinamite que se tornava mais explosivo semana após semana foram os protagonistas do duelo entre Vasco e Santos pela primeira rodada do quadrangular final do Brasileirão de 1974. Um Maracanã com 100 mil torcedores viu uma peleja mais faltosa do que bem jogada – talvez pela tensão sempre presente em momentos decisivos. Foi de falta, por sinal, que Pelé deixou sua marca, aos 31 minutos do segundo tempo, para empatar um placar que o vascaíno Luís Carlos havia inaugurado ainda na etapa inicial. Para o Santos, que enfrentaria o Cruzeiro e o Internacional como mandante nos jogos restantes do quadrangular, o empate no Maraca até poderia ser visto como um ótimo resultado. Porém, quando as cortinas se preparavam para descer e encerrar o espetáculo, Roberto, aos 43, converteu a única chance que chegara aos seus pés em toda a partida. Foi o gol 15 de 16 que Dinamite marcou em todo o torneio para se consagrar o artilheiro. Um gol pra lá de inesquecível, pois abriu caminho para o Cruz-Maltino conquistar seu primeiro Brasileirão. 

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