Emelec 1 x 2 Flamengo – Estádio George Capwell, Guayaquil
(Equador)
Flamengo supera Emelec com gol no apagar das luzes e depende
de uma vitória simples na última rodada para avançar na Libertadores.
Pelo retrospecto recente como visitante na Libertadores
(cinco derrotas e um empate nos últimos seis jogos antes do apito inicial) e
pelos revezes nesta edição do torneio, seria presunçoso para o Flamengo pensar
em uma vitória por dois ou mais gols diante do Emelec, vitória esta que o
permitiria jogar pelo empate contra o León, na última rodada, para se
classificar.
Porém, bastou a bola rolar para o Rubro-Negro ver que não
tinha nada a temer. Ainda mais depois que o zagueiro equatoriano Nasuti meteu a
mão na bola dentro da área aos 7 minutos e Alecsandro, com tranquilidade de
sobra, inaugurou o placar. O relógio andava e nada de pressão do Emelec. E esse
foi o grande mérito da boa etapa inicial do Fla: não permitir que o anfitrião se
inflamasse.
Disse boa etapa inicial do Fla, mas poderia ter sido ótima. Faltou
trabalhar com mais qualidade o punhado de oportunidades que teve para
contra-atacar. A retaguarda equatoriana se mostrava mais esburacada que queijo suíço
e deu ao Rubro-Negro todo o espaço necessário para matar o jogo. Não matou, e o
Emelec cresceu.
Cresceu exatamente após Paulinho desperdiçar mais um
contragolpe, cara a cara com o goleiro Dreer, no início do segundo tempo.
Depois de quase uma hora sem entrar em sintonia com sua agitada torcida, o
Emelec se empolgou, começou a dar trabalho pelos lados do campo e chegou ao
empate aos 19, através do centroavante Stracqualursi, que converteu com força o
pênalti cometido por Welinton em Caicedo.
Tudo apontava para uma pressão equatoriana. Que nada. Apesar
da determinação e de passar mais tempo no campo de ataque, o Emelec seguiu a
tropeçar nas próprias limitações técnicas e com enormes dificuldades para
produzir tramas ofensivas. E não foi só isso. Seguiu também deixando brechas na
defesa para o Flamengo explorar.
Assim, nos acréscimos, Negueba descobriu um ótimo lançamento
e Paulinho, sem firulas, sacramentou o triunfo rubro-negro. Pelo que se viu nos
90 minutos, não seria exagero dizer que o Flamengo teve tudo para sair de campo
com uma vitória por mais de dois gols.
Emelec: Dreer; Narváez, Guagua, Nasuti e Bagüi; Eddy Corozo
(Caicedo), Quiñonez, Mena e Giménez (Charcopa); Mondaini (Bolaños) e
Stracqualursi. Técnico: Gustavo Quinteros.
Flamengo: Felipe; Welinton (Chicão), Wallace, Samir e João
Paulo; Muralha (Recife) e Amaral; Gabriel, Everton (Negueba) e Paulinho;
Alecsandro. Técnico: Jayme de Almeida.
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