Cruzeiro 1 x 1 Cerro Porteño – Mineirão, Belo Horizonte (MG)
Com gol de Samudio no apagar das luzes, Cruzeiro empata com Cerro
Porteño em Belo Horizonte, na primeira partida das oitavas de final da
Libertadores.
O início azul no Mineirão foi eletrizante! Marcação pressão
que não deixava o Cerro Porteño respirar, rápidas e incisivas trocas de passes,
bolas perigosamente cruzadas na área, Éverton Ribeiro endiabrado e arremates
longos e médios que obrigaram o portero
Fernández a realizar defesas dificílimas. Lembrou em tudo o time que atropelou
os rivais no Brasileirão de 2013. Ou melhor, quase tudo, pois se no último
torneio nacional a Raposa assustava pela facilidade com que balançava as redes,
desta vez, diante dos paraguaios, faltou transformar a superioridade em gols.
O tempo passou, a bola azul não entrou, o volume ofensivo
diminuiu e o Cerro Porteño conseguiu puxar um ar para se organizar melhor defensivamente.
E os paraguaios não só ajeitaram suas duas linhas de quatro homens na
retaguarda como souberam aproveitar a bobeada da defesa cruzeirense – pelo alto
e por baixo – para, aos 31 minutos, fazer um a zero através de Ángel Romero.
A Raposa sentiu o golpe e nem mesmo o intervalo foi capaz de
recolocá-la nos eixos. Pelo contrário. Se havia um gol maduro nos primeiros
minutos da etapa final este era o segundo do Cerro Porteño, que esteve muito
perto de ampliar o escore. Foi somente nos 15 minutos finais, quando os
paraguaios já estavam preocupados somente em manter a ótima vantagem, que o
Cruzeiro voltou a pressionar.
Não foi uma pressão como a do início da partida, mas uma
pressão com pressa, mas na base da individualidade e do “vamos que vamos”. E
vejam que ironia. Quando deu um show de organização tática e refino técnico, o
Cruzeiro não foi capaz de sacudir o filó. Porém, quando partiu para o abafa,
para o “um por todos, todos por um”, chegou às redes com Samudio, no penúltimo
minuto de jogo. Coisas do futebol...
Cruzeiro: Fábio; Ceará (Mayke), Dedé, Bruno Rodrigo e
Samudio; Henrique e Lucas Silva; Elber (Borges), Éverton Ribeiro e Willian;
Júlio Baptista (Marlone). Técnico: Marcelo Oliveira.
Cerro Porteño: Fernández; Bonet, Cardoso, Ortiz e Alonso; Julio
dos Santos, Oviedo, Corujo e Óscar Romero (Candia); Ángel Romero (Beltrán) e
Guiza (Torres). Técnico: Francisco Arce.
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