Flamengo 1 x 1 Vasco – Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)
Com gol irregular de Márcio Araújo nos acréscimos, Flamengo
empata com Vasco e conquista o 33º título Carioca de sua história.
O cenário inicial do jogo era previsível. O Flamengo – como provavelmente
faria qualquer time brasileiro atual ao começar uma partida em vantagem – se posicionaria
em seu próprio campo à espera da brecha para contra-atacar. A bola, assim,
ficaria a maior parte do tempo em pés vascaínos. Dito e feito. Durante não só
todo o primeiro tempo, mas até Douglas abrir o placar, aos 30 minutos da etapa
final, este foi o panorama do clássico.
Esquematizado com duas linhas de quatro, o Flamengo armou uma
barreira em seu próprio campo. Uma barreira que esteve longe de ser intransponível,
já que o Vasco conseguiu levar algo de perigo com William Barbio sobre André
Santos, em bolas paradas e em arremates longos, mas que foi sólida o suficiente
para manter o placar em branco.
Foi então que Chicão e André Rocha discutiram e o juiz mandou
ambos mais cedo para o chuveiro. O jogo ficou mais aberto e melhor para o
Cruz-Maltino e, aos 28, Erazo deu um carrinho na área imperdoável até para um
sub-15, derrubou Pedro Ken e Douglas colocou o Vasco na frente. Com 15 minutos
por jogar, o Fla teria que mudar completamente os seus planos.
Sem condições técnicas, táticas, físicas e psicológicas para
pressionar de maneira consciente, o Flamengo partiu para o “bumba meu boi” e
conseguiu acuar o adversário. O resultado veio nos acréscimos: Léo Moura cobrou
escanteio, Wallace cabeceou na trave e Márcio Araújo, numa banheira daquelas com
hidromassagem e tudo, empatou para dar o caneco ao Fla.
Sem dúvidas milhões de rubro-negros não estão nem aí para o
fato de o gol do título ter sido ilegal. O saudoso flamenguista Ary Barroso mesmo
era um que dizia que “o ideal de uma vitória sobre o Vasco para decidir
campeonato é Flamengo 1 a 0 e gol feito com a mão, todo mundo vendo, inclusive
o juiz, porque se o juiz não visse, não tinha graça nenhuma”.
Coincidência, ou não, o fato é que um torneio que começou sem
prestígio, apresentou gramados pantanosos, times desinteressados, um
regulamento feito nas coxas e uma média de público vergonhosa, termina mais manchado
por um gol irregular.
Flamengo: Felipe; Léo Moura, Chicão, Wallace e André Santos
(Nixon); Amaral (Gabriel), Márcio Araújo, Luiz Antônio e Paulinho; Everton
(Erazo); Alecsandro.Técnico: Jayme de Almeida.
Vasco: Martín Silva; André Rocha, Luan, Rodrigo e Diego
Renan; Pedro Ken e Guiñazu; Willian Barbio (Reginaldo), Pedro Ken e Fellipe
Bastos (Bernardo); Thalles (Aranda). Técnico: Adilson Batista.
Até quando o Flamengo vai ser beneficiado por erros medonhos...
ResponderExcluir