Estamos a menos de dois meses de ter em nossos gramados o
mais importante torneio do futebol: a Copa do Mundo. Na Europa, a Champions
League promete duelos de tirar o fôlego para os próximos dias, enquanto as
Ligas Inglesa e Espanhola vivem uma reta final dos sonhos para os que pelos
seus clubes torcem ou não. Pelas próximas semanas, Cruzeiro, Grêmio e Atlético
Mineiro se dedicarão de corpo e alma à Libertadores. E, para completar, as
finais dos Estaduais ainda estão na boca do povo, com equívocos de arbitragem,
goleadas sonoras e triunfos improváveis. No meio disso tudo, vai começar o
Campeonato Brasileiro.
É triste ver o desleixo como é tratado o principal torneio
tupiniquim. O intuito aqui não é apresentar soluções para o problema, como medidas
organizacionais, ações de marketing, possibilidades de mudanças de calendário,
criações de comissões técnicas, jurídicas e de arbitragem, estabelecimento de
planos para fiscalização dos estádios e dos torcedores que estes irão
frequentar... O objetivo não é listar o que poderia ter sido feito para
melhorar a competição, mas mostrar indignação com o fato de nada ter sido feito
neste sentido.
Assusta como a CBF, do novo (Novo? Ele não mandava antes?) presidente
Marco Polo del Nero, é incapaz de resolver questões simples. Se desde muito se
tem motivos para duvidar da integridade dos dirigentes da Confederação, há
algum tempo as dúvidas apontam também para a capacidade profissional destes. Será
que a entidade nada faz porque os seus membros pensam apenas nos próprios
benefícios ou porque eles realmente não possuem ideia do que fazer para colocar
o principal Campeonato do país historicamente mais admirado do futebol mundial no
seu devido lugar? Um pouco de cada. Ou pior, muito de cada.
E assim, meio que camuflado, vai começar o Brasileirão. Pelo
menos os seus jogos vão começar, pois quando ele será assunto nas esquinas,
mesas de bares, telefones celulares e reuniões familiares é uma previsão
impossível.
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