San Lorenzo 3 x 0 Botafogo – Estádio Nuevo Gasometro, Buenos
Aires (Argentina)
Botafogo não oferece dificuldades ao San Lorenzo, perde por 3
a 0 e dá adeus à Libertadores.
A vantagem do empate fez um mal enorme ao Botafogo. Desde o
apito inicial ficou estampado na postura alvinegra o desejo de apenas aguentar
a pressão, apenas se defender. O Bota não jogou com o regulamento debaixo do
braço, jogou com o regulamento agarrado ao coração. Se segurou nele com tamanha
intensidade que, quando se viu em desvantagem, não teve nem ideia do que fazer
para reverter a situação.
Fora duas finalizações do Wallyson, uma em cada etapa, somente
o San Lorenzo atacou. E como atacou! O time do Papa Francisco se manteve com a
pelota nos pés e ao redor da área defendida pelo Jefferson até fazer um a zero com
Villalba, aos 28 da etapa inicial, e, na sequência, se aproveitando de um
Botafogo sem GPS, acelerou o ritmo e esteve bem perto de ampliar o placar.
A superioridade argentina na etapa inicial não foi nada perto
do que viria após o intervalo. Logo aos 8, Piatti, que teve liberdade para
fazer o que bem entendesse do primeiro ao último trilar do apito, arrematou de
fora da área com precisão: dois a zero San Lorenzo.
Este placar classificaria o time de Almagro caso o
Independiente del Valle não vencesse o Unión Española no outro duelo do grupo.
Porém, como lá no Chile os gols não paravam de sair, o San Lorenzo não pôde se
dar ao luxo de pisar no freio e seguiu encurralando um Bota ainda mais aberto
pelas substituições.
Quando o Independiente del Valle fez 5 a 4 no Chile,
resultado que obrigava uma vitória por três tentos do San Lorenzo, a
fragilidade botafoguense ficou ainda mais evidente. Os anfitriões voltaram a
criar oportunidades com inacreditável facilidade até Piatti – de longe o melhor
homem em campo, não só pelas bolas na rede – marcar com invejável categoria
aquele que seria o gol da classificação argentina, aos 44.
Em números, o Botafogo – fora o Unión Española, já
classificado – foi quem iniciou a rodada com a maior das vantagens, o que torna
ainda mais inaceitável a apatia apresentada em Buenos Aires. Enquanto San
Lorenzo e Independiente del Valle lutaram com todas as forças em busca da
classificação, o Alvinegro se comportou como um mero figurante. E pagou caro
por isso.
San Lorenzo: Torrico; Buffarini, Valdés, Gentiletti e Más
(Navarro); Mercier, Ortigoza e Piatti; Villalba (Cavallaro), Correa (Elizari) e
Matos. Técnico: Edgardo Bauza.
Botafogo: Jefferson; Lucas, Bolívar, Dória e Julio Cesar;
Airton (Bolatti) e Gabriel (Henrique); Lodeiro, Jorge Wagner e Wallyson
(Fabiano); Ferreyra. Técnico: Eduardo Hungaro.
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