sábado, 14 de abril de 2012

100 ANOS DE MAGIA E ALEGRIA!!!

Era uma vez um reino encantado. Mágico. Celestial. Os que por lá passavam adquiriam poderes sobrenaturais. Não todos, afinal, não é para qualquer um arrancar a Excalibur da pedra. Existem os escolhidos, e dizem que é a grama sagrada da vila local, a Vila Belmiro, que os elege e os abençoa.

Adolfo Millon, Arnaldo da Silveira, os irmãos Ari e Araken Patuska, Feitiço – que apelido propício! – e Antoninho usaram seus dons para começar a construção do castelo que seria a incomparável história do reino. Castelo este que ganharia mais pedras com Zito, Tite, Del Vecchio, Jair Rosa Pinto, Pagão e Pepe, cujo o poder adquirido foi o de chutar tão forte, que as mais sólidas muralhas pareciam feitas de algodão diante da sua perna esquerda.

Pedra a pedra o castelo crescia e se tornava cada vez mais portentoso. Mas ainda faltava um Rei. Ainda faltava aquele que, abençoado com todos os encantos sagrados que a Vila Belmiro podia fornecer, conquistaria súditos além-mar e colocaria os adversários de joelhos diante do seu eternamente inigualável repertório de magia.

Chegou Pelé! Não faltava mais nada.

Fosse ao lado de iluminados como Gilmar, Mauro, Calvet, Dalmo, Lima, Mangálvio, Dorval e Coutinho, seu conselheiro nas silenciosas conversas com os pés, ou, mais tarde, com Ramos Delgado, Djalma Dias, Carlos Alberto Torres, Clodoaldo, Edu e Toninho Guerreiro, o Rei cumpriu sua profecia. Seu reino se tornou o mais famoso e admirado do mundo e não houve adversário que resistisse ao seu poderio.

Um dia, porém, um mensageiro adentrou o reino.

- Majestade, um senhor idoso e de barbas longas e brancas pede permissão para uma conversa.

- Peça-o para entrar, disse o Rei, que em sua consciência já esperava o senhor.

- Pelé, meu querido Rei, é de minha mais imensa vontade lhe conceder a juventude eterna, mas este é um poder fora até mesmo do meu alcance – falou pausadamente o senhor, sustendando-se por uma pré-histórica bengala de madeira.

- Também gostaria muito de poder fazer para sempre o que amo, mas sei que, apesar de tamanha benção que recebi, não poderei continuar a encantar o mundo – conformou-se o Rei.

Uma lágrima caiu lentamente pelo enrugado rosto do senhor, que propôs.

- Aceitaria um pequeno período em um reino mais distante, onde não necessitaria de demasiado esforço para realizar suas maravilhas?

- Aceito e agradeço imensamente, Senhor Tempo – concluiu a conversa o Rei Pelé, que logo foi mostrar sua arte no distante Estados Unidos.

Com o trono desocupado, a vila mais famosa do mundo daria o poder aos meninos. Não foi uma nem foram duas, mas três as gerações de garotos que tomariam conta do reino e ficariam conhecidos como os “Meninos da Vila”. Começou com Pita, Juary, João Paulo e Nílton Batata, passou por Robinho e Diego e chegou em Ganso e Neymar. A Joia Neymar, que, hoje, representa de maneira fiel todo o lirismo e alegria que este reino proporciona ao mundo faz redondos 100 anos.

PARABÉNS, SANTOS!!!

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