Internacional 0 x 0 Fluminense – Beira-Rio, Porto Alegre (RS)
Fluminense defende pênalti, leva bola na trave nos acréscimos
e volta do Beira-Rio com um empate sem gols na bagagem.
Com a missão de deixar no passado a instável campanha da fase
de grupos, o Internacional foi para o duelo esquematizado pelo Dorival Junior
no 4-2-2-2 com: Muriel; Nei, Rodrigo Moledo, Índio e Kléber; Sandro Silva e
Guiñazu; Tinga e Dátolo; Dagoberto e Leandro Damião. Já o Fluminense adentrou o
Beira-Rio ostentando uma portentosa marca de 100% de aproveitamento como
visitante na Libertadores e organizado pelo Abel Braga no 4-3-3 com: Diego
Cavalieri; Bruno, Gum, Anderson e Carlinhos; Deco, Edinho e Diguinho; Thiago
Neves, Fred e Rafael Sóbis.
Uma luta de boxe de muita cautela e poucos golpes ousados, essa
foi a imagem da 1ª etapa do embate. Nos primeiros minutos, o pugilista colorado
arriscou mais jabs, embora poucos perto do que poderia fazer diante do apoio da
empolgada torcida. Depois, o boxeador tricolor fincou os pés no ringue, se
postou melhor e foi quem soltou os melhores socos. Não foram golpes
contundentes e ameaçadores, mas um arremate do Rafael Sóbis e um chute longo do
Thiago Neves fizeram o adversário prender a respiração. E foi só. Em poucas
palavras, a emoção passou a quilômetros de distância do 1º tempo.
O Internacional voltou do intervalo como se tivesse tomado
litros e mais litros de algum fortificante e não tardou a encurralar o Fluminense
nas cordas. Leandro Damião chutou pela primeira vez no jogo, deu drible por
baixo das pernas do rival, tentou lambretinha e sofreu pênalti do Edinho. O Flu
estava atordoado com a sequência de golpes e o Colorado tinha tudo para
mandá-lo à lona, mas Diego Cavalieri defendeu a cobrança do Dátolo e impediu a
queda. Um rápido e perigoso ataque de Sóbis, segundos depois, decretaria o fim
da pressão vermelha. Aí, apesar de a disputa ter esquentado, a falta de
criatividade e inspiração da etapa inicial voltaram a dar as caras. Somente no
finalizinho, quando o gongo já estava prestes a soar, que o atacante Jô
aproveitou uma bola pererecando na área e carimbou o poste. Um golpe que
machucou o Tricolor, mas não o suficiente derrubá-lo.
No final das contas, como já era esperado, a decisão ficará
para a próxima luta, no Engenhão. Mais noventa minutos de muito equilíbrio.
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