Bangu 2 x 4 Botafogo – Engenhão, Rio de Janeiro (RJ)
Em noite de Loco Abreu, autor de três gols, Botafogo vence
agitado confronto com o Bangu e garante vaga na final da Taça Rio.
Sem seu destaque na Taça Rio, o meia Almir, mas com um
surpreende apoio de sua torcida, que contava até com uma furiosa bandinha, o
Bangu foi para o jogo escalado pelo Cleimar Rocha no 4-3-1-2 com: William
Alves; China, Rafael, Santiago e Renan Oliveira; Gabriel Galhardo; Oliveira e
André Barreto; Thiago Galhardo; Fabinho e Sérgio Júnior. Pelo lado do Botafogo,
o destaque era a volta de Loco Abreu ao comando do ataque. Assim, Oswaldo de
Oliveira organizou sua equipe no 4-2-3-1 com: Jefferson; Lucas, Antônio Carlos,
Fábio Ferreira e Márcio Azevedo; Renato e Marcelo Mattos; Elkeson, Andrezinho e
Fellype Gabriel; Loco Abreu.
Um verdadeiro massacre do Botafogo. Assim foi a 1ª etapa do
duelo, que, no entanto, terminou com uma vitória parcial alvinegra por apenas
um golzinho. Nos primeiros 20 minutos, Loco Abreu deu uma aula de como jogar de
pivô e Lucas foi ótima arma pela direita. Depois da parada técnica, o ataque do
Fogão, comandado por um participativo Andrezinho, foi mais democrático, com
contra-golpes pela meiúca, avanços pela esquerda, chutes longos... A redonda,
porém, insistia em não sacudir o filó protegido pelo goleiro William Alves.
Sorte alvirrubra? Não, amigos, falta de qualidade nas finalizações alvinegras.
Mas a pressão era tamanha que, aos 39 minutos, em mais uma bola alçada na área,
Fábio Ferreira desviou e Loco Abreu, livre, leve e solto, como nunca poderia
estar, tirou o chamado zero do placar. Alguns podem dizer que o Bangu adotou
uma postura retraída, acuada, até covarde, mas, na realidade, foi a força de
ataque botafoguense que encurralou o time de Moça Bonita.
O 2º tempo mal começara e Loco Abreu já mostrava sua destacada
qualidade com a cabeça: cruzamento do Andrezinho, sutil desvio de cuca do uruguaio
e dois a zero Fogo. Logo depois, o lateral alvinegro Lucas falhou feio ao
empurrar a bola contra o próprio patrimônio e dar ânimo para time e torcida
banguenses. Ânimo que o dono da noite, Loco Abreu, tratou de extinguir em mais
uma cabeçada fatal, esta após passe milimétrico do Maicosuel, em campo desde a
1ª etapa devido à contusão do Renato. O Bota tinha tudo para tirar a velocidade
do jogo e não deixar o Bangu voltar a sonhar, mas outra bobeada de sua
retaguarda, desta vez com o goleiro Jefferson, fez com que Sérgio Júnior, aos
25, recolocasse a diferença de um gol no escore. O jogo não dava tempo para
respiros fundos. Thiago Galhardo foi expulso aos 30. Lucas sofreu pênalti aos
33. Loco Abreu o desperdiçou aos 35. Herói da noite, o uruguaio merece um puxão
de orelhas pelas seguidas penalidades jogadas no lixo. Com um homem a menos, o Bangu não teve poder
para atacar e, com a defesa escancarada, ainda viu Maicosuel, em ótima noite,
deixar sua marca.
Aí, como diria o grande locutor esportivo Januário de
Oliveira, “acabou o milho, acabou a pipoca, fim de papo”. Fogão na final da Taça
Rio. Sua quinta desde 2007.
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