sábado, 21 de abril de 2012

CAMPEONATO CARIOCA 2012 - TAÇA RIO - SEMI FINAL - BANGU X BOTAFOGO



Bangu 2 x 4 Botafogo – Engenhão, Rio de Janeiro (RJ)


Em noite de Loco Abreu, autor de três gols, Botafogo vence agitado confronto com o Bangu e garante vaga na final da Taça Rio.

Sem seu destaque na Taça Rio, o meia Almir, mas com um surpreende apoio de sua torcida, que contava até com uma furiosa bandinha, o Bangu foi para o jogo escalado pelo Cleimar Rocha no 4-3-1-2 com: William Alves; China, Rafael, Santiago e Renan Oliveira; Gabriel Galhardo; Oliveira e André Barreto; Thiago Galhardo; Fabinho e Sérgio Júnior. Pelo lado do Botafogo, o destaque era a volta de Loco Abreu ao comando do ataque. Assim, Oswaldo de Oliveira organizou sua equipe no 4-2-3-1 com: Jefferson; Lucas, Antônio Carlos, Fábio Ferreira e Márcio Azevedo; Renato e Marcelo Mattos; Elkeson, Andrezinho e Fellype Gabriel; Loco Abreu.

Um verdadeiro massacre do Botafogo. Assim foi a 1ª etapa do duelo, que, no entanto, terminou com uma vitória parcial alvinegra por apenas um golzinho. Nos primeiros 20 minutos, Loco Abreu deu uma aula de como jogar de pivô e Lucas foi ótima arma pela direita. Depois da parada técnica, o ataque do Fogão, comandado por um participativo Andrezinho, foi mais democrático, com contra-golpes pela meiúca, avanços pela esquerda, chutes longos... A redonda, porém, insistia em não sacudir o filó protegido pelo goleiro William Alves. Sorte alvirrubra? Não, amigos, falta de qualidade nas finalizações alvinegras. Mas a pressão era tamanha que, aos 39 minutos, em mais uma bola alçada na área, Fábio Ferreira desviou e Loco Abreu, livre, leve e solto, como nunca poderia estar, tirou o chamado zero do placar. Alguns podem dizer que o Bangu adotou uma postura retraída, acuada, até covarde, mas, na realidade, foi a força de ataque botafoguense que encurralou o time de Moça Bonita.

O 2º tempo mal começara e Loco Abreu já mostrava sua destacada qualidade com a cabeça: cruzamento do Andrezinho, sutil desvio de cuca do uruguaio e dois a zero Fogo. Logo depois, o lateral alvinegro Lucas falhou feio ao empurrar a bola contra o próprio patrimônio e dar ânimo para time e torcida banguenses. Ânimo que o dono da noite, Loco Abreu, tratou de extinguir em mais uma cabeçada fatal, esta após passe milimétrico do Maicosuel, em campo desde a 1ª etapa devido à contusão do Renato. O Bota tinha tudo para tirar a velocidade do jogo e não deixar o Bangu voltar a sonhar, mas outra bobeada de sua retaguarda, desta vez com o goleiro Jefferson, fez com que Sérgio Júnior, aos 25, recolocasse a diferença de um gol no escore. O jogo não dava tempo para respiros fundos. Thiago Galhardo foi expulso aos 30. Lucas sofreu pênalti aos 33. Loco Abreu o desperdiçou aos 35. Herói da noite, o uruguaio merece um puxão de orelhas pelas seguidas penalidades jogadas no lixo.  Com um homem a menos, o Bangu não teve poder para atacar e, com a defesa escancarada, ainda viu Maicosuel, em ótima noite, deixar sua marca.

Aí, como diria o grande locutor esportivo Januário de Oliveira, “acabou o milho, acabou a pipoca, fim de papo”. Fogão na final da Taça Rio. Sua quinta desde 2007.

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